Mortes de peixes causam preocupação em Skaneateles Lake
Nos últimos dias, o Lago Skaneateles, localizado em Nova York, tem enfrentado um aumento alarmante no número de peixes mortos que estão sendo encontrados nas margens. As primeiras reclamações surgiram há aproximadamente duas semanas, coincidentemente quando as temperaturas começaram a subir significativamente na região. Frank Moses, diretor executivo da Associação do Lago Skaneateles, informou que durante o feriado prolongado, à medida que os termômetros alcançaram níveis em torno dos 30 graus Celsius, muitos peixes já estavam sendo encontrados sem vida nas margens do lago.
Imagens compartilhadas mostram que diversos tipos de peixes do lago foram afetados, incluindo trutas, walleye e peixes comuns de água doce. Novas informações revelam que uma quantidade considerável de bagres está sendo localizada principalmente no extremo norte do lago e nas baías voltadas para o sul, onde as correntes de ar têm influência.
O Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York está ciente dessa situação e já iniciou investigações para determinar as causas desse fenômeno. Segundo o departamento, não há indicações de que os eventos sejam provocados por fatores externos, mas sim que estão relacionados a questões naturais. Os peixes, que acabaram de passar pelo estresse da reprodução, estão mais vulneráveis às dificuldades impostas pelo calor extremo que se seguiu a uma primavera mais fria.
A DECC ressaltou que ocorrências de morte de peixes são comuns após grandes oscilações de temperatura, especialmente durante as transições de primavera para calor intenso no verão. Moses concorda com essa análise e sugere que o “estresse térmico” deve ser o principal responsável pelas mortes dos peixes. Em suas palavras, a explosão de calor após um inverno rigoroso cria “pocket térmicos”, onde a água da superfície fica aquecida, confundindo os peixes e tornando-os mais propensos a sofrer choques térmicos.
No entanto, Moses não descarta a possibilidade de um vírus chamado septicemia hemorrágica viral (VHS), que já matou peixes em grandes quantidades na região dos Grandes Lagos. Este vírus é extremamente fatal para várias espécies de peixes, mas não representa risco para a saúde humana. Para confirmar a presença do VHS, é necessário coletar amostras de peixes e examiná-las, mas até o momento, não foram observados sinais visíveis da doença.
O Departamento de Conservação Ambiental encoraja a população a relatar quaisquer anomalias que observem nos peixes. Durante um evento de mortalidade, é crucial coletar peixes enquanto ainda estão em boas condições para análise, uma vez que o tempo é reduzido. Exemplares que apresentem comportamento estranho, como nadar na superfície ou flutuar sem vida, devem ser considerados para testes em laboratório. É recomendado que esses peixes sejam mantidos em gelo, mas não congelados, e, caso já estejam mortos, suas brânquias devem ser rosa ou, idealmente, vermelhas.
As autoridades continuam monitorando a situação e as comunidades ao redor do lago são incentivadas a se manterem atentas a quaisquer variações na saúde dos peixes locais.