Ministro dos Transportes afirma que CNH sem autoescola começa a valer em 2025
O ministro Renan Filho afirmou que a proposta de obtenção da CNH sem necessidade de autoescola deve ser aprovada em breve
Atualmente, o processo para obter a CNH no Brasil envolve diversas etapas que exigem tempo, investimento e dedicação. Para conquistar o documento, o candidato precisa se matricular em uma autoescola, frequentar aulas teóricas e práticas.
Por fim, deve realizar exames aplicados pelos órgãos de trânsito. Embora esse modelo assegure uma formação padronizada e controle institucional, ele também representa um alto custo para grande parte da população. Além das taxas obrigatórias, o valor cobrado pelas aulas torna o processo inacessível.
Nesse contexto, o governo federal iniciou discussões sobre mudanças significativas nesse sistema, buscando alternativas que possam ampliar o acesso à habilitação e reduzir as barreiras financeiras que impedem milhões de motoristas de se regularizarem.

Ministro do Transporte garante CNH sem autoescola em 2025
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo planeja retirar a obrigatoriedade das autoescolas no processo de emissão da CNH já em 2025. A medida, segundo ele, não precisará passar pelo Congresso Nacional, pois será implementada por meio de uma resolução.
Essa decisão tem o propósito de acelerar o processo e evitar entraves políticos que possam atrasar a mudança. O ministro explicou que, se o projeto dependesse do Legislativo, haveria riscos de demora, o que poderia gerar desconfiança entre os cidadãos que aguardam para obter o documento.
Durante uma entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, Renan Filho destacou que o governo busca simplificar o acesso à carteira de motorista. Ele reforçou que o Congresso poderá participar do debate, mas defendeu que não se deve criar novos custos ou burocracias que contrariem a proposta.
Além disso, o ministro informou que o prazo para contribuições públicas sobre o tema permanece aberto até o dia 2 de dezembro. Essa fase de consulta visa reunir opiniões da sociedade e de especialistas para aperfeiçoar o texto da resolução antes de sua implementação oficial.
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Como a CNH sem autoescola vai funcionar?
A proposta conduzida pelo Ministério dos Transportes cria um novo modelo de formação para condutores. Nesse formato, o candidato poderá escolher entre realizar sua preparação em um Centro de Formação de Condutores, como ocorre hoje, ou contratar instrutores autônomos.
O principal objetivo da mudança é tornar a CNH mais acessível. Segundo estimativas do governo, cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira, e o alto custo é um dos fatores que contribuem para essa irregularidade.
Ao eliminar a obrigatoriedade das autoescolas, a expectativa é reduzir o valor total do processo, que hoje varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Dessa forma, a obtenção da CNH se tornaria mais viável para uma parcela significativa da população que atualmente está excluída do sistema formal de habilitação.
Além de representar economia, a proposta também busca descentralizar o ensino. Com instrutores autônomos credenciados, haverá maior diversidade de métodos e horários de treinamento, o que favorece trabalhadores com rotinas flexíveis ou residentes em regiões sem acesso fácil a autoescolas.
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Alterações no processo de habilitação
Com a nova resolução, o governo prevê uma reestruturação completa no modelo de formação de condutores. Embora o candidato possa dispensar a autoescola, os exames teórico e prático continuarão obrigatórios e fiscalizados pelos Detrans.
Essa manutenção garante que os futuros motoristas mantenham um padrão mínimo de conhecimento e segurança viária, mesmo com maior autonomia na escolha do método de aprendizado. O foco está em equilibrar acessibilidade e responsabilidade.
O Ministério dos Transportes estima que, com a mudança, os custos de obtenção da CNH possam cair até 80%. Essa redução ocorre principalmente na eliminação das taxas cobradas pelas autoescolas, e não nas tarifas obrigatórias relacionadas ao exame, que continuam sob controle do Estado.
Por fim, a medida representa uma tentativa de modernizar a política de habilitação no Brasil, tornando-a mais democrática e eficiente. Ao substituir a obrigatoriedade pela escolha, o governo reconhece diferentes realidades econômicas e sociais, estimulando um modelo mais justo e acessível.
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