Minha renda é de R$ 300 por pessoa, posso receber o Bolsa Família?
Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o valor da renda para acessar o Bolsa Família, mas as regras não deixam brechas.
O Bolsa Família é um dos programas sociais mais importantes do Brasil, responsável por garantir uma renda mínima para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
Ele foi recentemente reformulado, trazendo mais proteção e benefícios para aqueles que se enquadram em seus critérios de elegibilidade.
Uma dúvida comum entre muitos brasileiros é sobre o limite de renda per capita para se qualificar. Afinal, todos os anos, com o aumento do salário mínimo, esse dado também muda.
Nesse sentido, se sua renda é de R$ 300 por pessoa, você pode estar se perguntando se ainda tem direito a receber o benefício.
Entendendo as regras de renda do Bolsa Família
Para se qualificar ao Bolsa Família, o principal critério é a renda per capita da família, ou seja, a renda total da família dividida pelo número de integrantes.
De acordo com as regras atuais do programa, a renda mensal por pessoa deve ser de até R$ 218. Esse valor define quem está em situação de pobreza e tem direito ao benefício.
Ou seja, se a renda per capita de sua família for superior a esse valor, a princípio, você não se qualificaria para o programa. Contudo, é importante entender exatamente como funciona esse cálculo e o impacto que ele tem no direito ao benefício.
A renda per capita é calculada somando toda a renda familiar e dividindo pelo número de pessoas que fazem parte da casa.
Por exemplo, se em uma família de quatro pessoas apenas um dos membros ganha um salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.412, a renda per capita dessa família será de R$ 353 por pessoa.
Como esse valor ultrapassa o limite de R$ 218 por pessoa, essa família não teria direito ao Bolsa Família, segundo as regras normais de elegibilidade.
Então, se minha renda é R$ 300 por pessoa, não posso receber?
Correto. Com uma renda per capita de R$ 300, sua família estaria fora do limite máximo que o programa permite.
O Bolsa Família tem como foco apoiar aquelas famílias cuja renda por pessoa não ultrapassa R$ 218 mensais. No entanto, existem outras políticas sociais que podem ser acessadas por famílias com renda acima desse limite.
É sempre importante verificar se há outros programas de apoio em seu município ou se há ajustes no Cadastro Único que possam incluir sua família em algum benefício.
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Já recebia o Bolsa Família, mas minha renda aumentou, e agora?
Se sua família já era beneficiária do Bolsa Família, mas recentemente teve um aumento na renda, você pode se preocupar em perder o benefício.
Felizmente, o programa tem uma regra de transição chamada Regra de Proteção, que garante a permanência no Bolsa Família por até 24 meses mesmo que sua renda per capita suba para até meio salário mínimo por pessoa, o que equivale a R$ 706.
Durante esse período de transição, a família continuará recebendo o benefício, mas com um valor reduzido, equivalente a 50% da parcela original.
Essa regra existe para evitar que famílias saiam do programa de forma abrupta e fiquem desamparadas em um momento de recuperação econômica.
A ideia é garantir que, mesmo com o aumento de renda, a família tenha tempo de se estabilizar financeiramente antes de deixar de receber o Bolsa Família.
Se, durante esse período de transição, a renda familiar voltar a cair para abaixo de R$ 218 por pessoa, a família poderá retornar ao programa com o valor integral do benefício, garantindo assim o apoio necessário para superar a situação de vulnerabilidade.
Portanto, se sua renda aumentou, você não perde imediatamente o direito ao Bolsa Família. Graças à Regra de Proteção, sua família ainda tem um período de até dois anos para se reorganizar financeiramente.
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