MEI vai ser liberado para TODAS as profissões? Entenda a proposta

Uma nova proposta planeja ampliar o alcance profissional do MEI, fazendo com que os serviços sejam mais abrangentes para quem se formalizar.

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS) da Câmara dos Deputados deu um passo significativo para ampliar o acesso ao regime do Microempreendedor Individual (MEI).

O projeto de lei, aprovado na última segunda-feira (13/05), abre novas oportunidades para profissionais de todas as áreas exercerem suas atividades como MEI, desde que sigam as normas específicas de cada profissão. Confira.

Já pensou em poder atuar como MEI a partir de qualquer profissão? Entenda a novidade.
Já pensou em poder atuar como MEI a partir de qualquer profissão? Entenda a novidade. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Como funciona a escolha de profissões para quem é MEI atualmente?

Atualmente, o regime para quem é MEI possui algumas regras importantes. Profissionais podem emitir notas fiscais e têm acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-maternidade.

Contudo, algumas profissões regulamentadas, como médicos, advogados e engenheiros, não podem se inscrever como MEI.

Essas categorias exigem registros específicos em conselhos profissionais e possuem regulamentações próprias, o que impede a inclusão no regime MEI.

As atividades permitidas estão listadas no Portal do Empreendedor (https://bit.ly/3TGz4Gj), sendo necessário conferir a compatibilidade antes de se formalizar.

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O que muda na prática para quem é MEI?

  • Mais liberdade para profissionais liberais: Profissionais liberais, como médicos, advogados e engenheiros, que antes estavam excluídos do MEI, agora poderão se formalizar como microempreendedores individuais. Esta mudança é um avanço significativo, proporcionando a esses profissionais a chance de regularizar suas atividades com menos complicações.
  • Limite de faturamento: O valor máximo de faturamento anual para se manter como MEI permanece inalterado: R$ 81 mil para a maioria das atividades e R$ 251,6 mil para transportadores autônomos de cargas. Manter esses limites é crucial para assegurar que o regime continue acessível e vantajoso para pequenos empreendedores.
  • Regras por profissão: Apesar das novas possibilidades, é fundamental lembrar que cada profissão possui suas próprias normas e regulamentações. Portanto, mesmo com a aprovação do projeto, os profissionais ainda precisarão atender às exigências específicas da sua área para atuarem como MEI. Isso garante que as práticas profissionais mantenham sua qualidade e segurança.
  • Menos burocracia: Originalmente, o projeto previa a obrigatoriedade de realizar operações burocráticas para o MEI de forma eletrônica. No entanto, essa exigência foi excluída pelo relator, deputado Josenildo (PDT-AP), facilitando a vida dos microempreendedores. Essa alteração representa uma vitória para aqueles que buscam simplificar o processo de formalização e gestão de seus negócios.
  • Maior flexibilidade nas decisões: A decisão sobre quais atividades podem ser exercidas como MEI, antes unânime, agora poderá ser tomada por maioria de 3/4 dos membros do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). Essa flexibilidade é essencial para adaptar o regime às necessidades dinâmicas do mercado e dos profissionais.

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O que falta para o projeto virar lei?

Para que as mudanças se tornem efetivas, o projeto ainda precisa passar por duas importantes comissões da Câmara: Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Se aprovado nessas etapas, seguirá para votação em plenário e, como última etapa, precisaria da sanção do presidente Lula.

Um avanço para a formalização do MEI

A proposta é vista como um grande avanço para a formalização de trabalhadores autônomos e profissionais liberais, desburocratizando o processo e ampliando as oportunidades de negócio.

A aprovação desse projeto pode transformar a realidade de muitos profissionais que, até então, enfrentavam barreiras para se formalizarem.

Com menos burocracia e mais liberdade, o regime do MEI torna-se ainda mais atrativo, incentivando a formalização e contribuindo para o crescimento econômico do país.

É uma medida que beneficia não só os profissionais, mas também a economia como um todo, ao integrar mais trabalhadores ao sistema formal.

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