POLÊMICA! Após medida da Receita Federal, comércios podem recusar PIX no pagamento?

Receita Federal publicou Instrução Normativa que vem gerando polêmica no Brasil inteiro; tem taxa no PIX ou não?

A Receita Federal implementou novas regras para o monitoramento de transações financeiras no Brasil, incluindo aquelas realizadas via Pix.

A partir deste janeiro de 2025, a Instrução Normativa nº 2.219/24 estabelece que pessoas físicas e jurídicas reportem movimentações superiores a R$ 5 mil e R$ 15 mil, respectivamente. Essa medida provocou debates e levantou dúvidas entre comerciantes e consumidores.

Muitos comércios têm reagido de maneiras variadas, como limitar pagamentos via Pix ou exigir alternativas em dinheiro. A motivação para essas práticas está relacionada ao receio de uma fiscalização mais intensa, especialmente para aqueles que não emitem notas fiscais.

POLÊMICA! Após medida da Receita Federal, comércios podem recusar PIX no pagamento?
Receita Federal esclarece dúvidas sobre comércios que não estão aceitando PIX! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Comerciante pode recusar Pix como forma de pagamento?

Diante de tantos boatos, a Receita Federal precisou se manifestar e esclareceu que a medida não cria novas taxas nem busca prejudicar pequenos negócios.

Além disso, especialistas em direito e economia ressaltam que a mudança visa aumentar a transparência financeira no país. A formalização de transações é um dos principais objetivos da norma, que também busca combater atividades ilegais, como lavagem de dinheiro.

Os comerciantes têm liberdade para decidir quais meios de pagamento aceitam, desde que respeitem algumas exigências legais. A lei obriga a aceitação de dinheiro em espécie, mas não impõe a obrigação de aceitar Pix, cartão ou cheque. No entanto, qualquer restrição deve ser informada ao cliente antes.

Outra prática comum é a concessão de descontos baseados no meio de pagamento. A Lei nº 13.455/2017 permite que comerciantes ofereçam valores menores para determinadas formas de pagamento, como dinheiro ou cartão de débito.

Por fim, especialistas alertam que o comerciante que opera informalmente pode enfrentar dificuldades com a fiscalização. Transações não declaradas acima dos valores estipulados podem levantar suspeitas de irregularidades, aumentando o risco de penalidades.

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Nova norma da Receita Federal e pequenos negócios

Para pequenos comerciantes que seguem as obrigações fiscais, a mudança não deve representar grandes desafios. Aqueles que já emitem notas fiscais e mantêm o controle financeiro não serão afetados de forma significativa. O objetivo da Receita é focar em transações de maior porte ou casos suspeitos.

O monitoramento intensificado das operações realizadas pelo Pix e outros meios digitais faz parte de uma estratégia maior para prevenir crimes financeiros no Brasil. Com ferramentas como o Coaf, a Receita pretende identificar movimentações fora do padrão e impedir atividades ilegais.

O secretário da Receita Federal afirmou que o foco da medida não é fiscalizar trabalhadores informais ou pequenos empresários de maneira rigorosa. O objetivo principal é aumentar a transparência e promover a regularização de negócios que ainda atuam fora das normas fiscais.

Por fim, a mudança nas regras sobre o Pix reflete o avanço do uso de tecnologias no setor financeiro. Apesar de gerar preocupações iniciais, a nova regulamentação deve contribuir para a formalização do mercado e o combate a atividades ilícitas, criando um ambiente mais seguro para todos.

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