Maxixe faz mal à saúde? Veja o que estudo recente descobriu sobre seus efeitos

O maxixe é amplamente consumido no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde faz parte da tradição culinária e é considerado um vegetal de grande valor nutricional. Rico em fibras, vitaminas e minerais, ele costuma ser associado a diversos benefícios para o organismo, incluindo o fortalecimento do sistema imunológico e o controle da pressão arterial.

Apesar das vantagens, estudos recentes apontaram que o consumo excessivo do maxixe pode causar reações adversas em determinados grupos. Esses efeitos chamaram a atenção de profissionais da saúde e levantaram questionamentos sobre os possíveis riscos do vegetal para a população em geral.

A discussão ganhou espaço após a divulgação de dados que relacionam o exagero na ingestão com distúrbios digestivos e outros desconfortos físicos. O alerta não significa que o maxixe deve ser evitado, mas reforça a importância do consumo equilibrado e da orientação adequada.

Com base em dados científicos e recomendações de especialistas, é possível compreender os efeitos do maxixe no organismo, seus benefícios já conhecidos e os cuidados que devem ser adotados por quem deseja incluí-lo na alimentação diária.

O que é o maxixe e por que ele é tão consumido no Brasil

O maxixe (Cucumis anguria) é um vegetal originário da África que chegou ao Brasil no período colonial. De textura crocante e sabor levemente amargo, faz parte da mesma família do pepino e da melancia. Sua aparência característica — ovalada e com pequenos espinhos na casca — é facilmente reconhecida em feiras e mercados das regiões Norte e Nordeste do país.

Consumido tradicionalmente em pratos típicos, o maxixe é valorizado pela sua versatilidade culinária e pelas baixas calorias. Em 100 gramas do alimento cru, são encontradas apenas 14 calorias. Isso contribui para sua popularidade em dietas voltadas à saúde e ao controle de peso.

A ingestão do vegetal deve ocorrer quando ele ainda está verde. Ao amadurecer, sua polpa torna-se fibrosa e amarga, o que pode prejudicar a experiência gastronômica e comprometer o valor nutricional do alimento.

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Benefícios já conhecidos do maxixe para o corpo humano

Rico em fibras, o maxixe favorece o funcionamento do intestino e ajuda a manter o sistema digestivo em equilíbrio. Essas fibras também contribuem para o aumento da saciedade, auxiliando no controle do peso corporal. Além disso, o alimento é fonte de potássio, ferro, cálcio, fósforo e magnésio — minerais importantes para várias funções do organismo.

A vitamina C é outro destaque na composição do maxixe. Como antioxidante, ela atua na proteção das células contra os radicais livres e ajuda na absorção de ferro. Também é fundamental para a formação de colágeno e contribui com o sistema imunológico.

O zinco, presente principalmente na versão crua do vegetal, participa de processos como cicatrização, divisão celular e manutenção da saúde da pele. Durante a infância e a gestação, esse mineral desempenha papel essencial no desenvolvimento do organismo.

Estudo recente aponta reações adversas ao consumo excessivo

Embora os benefícios do maxixe sejam amplamente divulgados, estudos recentes mostram que o consumo exagerado pode causar efeitos indesejados em algumas pessoas. A ingestão em grandes quantidades pode levar a distúrbios gastrointestinais, como cólicas, diarreia e excesso de gases.

Especialistas chamam a atenção para a presença de compostos que, em excesso, podem agir como irritantes para o sistema digestivo, especialmente em pessoas com predisposição a doenças intestinais. Ainda que esses efeitos não sejam comuns, merecem atenção quando o consumo é diário e em porções elevadas.

Vale lembrar que o organismo responde de forma diferente aos alimentos conforme o estado de saúde, a idade e a forma de preparo do vegetal.

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Quem deve evitar o consumo de maxixe regularmente

Crianças com menos de seis meses não devem consumir o maxixe, segundo orientações nutricionais gerais, já que o sistema digestivo ainda está em formação. Pessoas com diverticulite ou outras doenças intestinais inflamatórias também precisam limitar ou evitar o consumo, principalmente na forma crua.

Indivíduos com dificuldade de mastigação ou deglutição devem optar por preparações cozidas, uma vez que a textura firme do maxixe cru pode dificultar a digestão e causar desconforto.

Em todos os casos, é fundamental que a introdução do alimento na dieta seja feita com orientação profissional, especialmente em situações de restrição alimentar.

Maxixe faz mal à saúde Veja o que estudo recente descobriu sobre seus efeitos
Reações adversas ao maxixe podem surgir principalmente quando o vegetal é consumido cru e em excesso – Crédito: Filo gèn’ / Wikimedia Commons

Sintomas que podem surgir com o consumo em excesso

O excesso de maxixe pode desencadear sintomas como distensão abdominal, flatulência e cólicas. Esses sinais costumam surgir quando o vegetal é consumido cru ou em grandes volumes de uma só vez.

Casos isolados de reações alérgicas também foram relatados, embora sejam considerados raros. Coceira, erupções na pele e desconforto gastrointestinal são algumas das manifestações observadas.

A recomendação de especialistas é que o alimento seja incluído na dieta gradualmente, principalmente se não houver hábito de consumo prévio.

Como incluir o maxixe na alimentação de forma segura

Para uma alimentação equilibrada, o maxixe pode ser inserido em diferentes preparações. Cozido ou refogado, costuma acompanhar pratos com carnes, feijão ou abóbora. Em saladas, o vegetal deve ser bem higienizado e consumido preferencialmente ainda verde, com a casca raspada.

O cozimento auxilia na digestão e reduz o risco de irritações. Para preservar nutrientes como o zinco e a vitamina C, o tempo de preparo deve ser curto e com pouca exposição ao calor excessivo.

Também é possível preparar sucos e vitaminas com maxixe, combinando-o a frutas cítricas. No entanto, é importante respeitar a quantidade e manter a variedade no cardápio diário.

Diferença entre o maxixe e outros vegetais parecidos

Apesar da semelhança visual e de pertencerem à mesma família, o maxixe difere do pepino em textura, sabor e valor nutricional. O maxixe possui sabor mais amargo, casca com protuberâncias e quantidade superior de fibras em comparação ao pepino.

Em relação à melancia, a diferença é ainda mais evidente. Enquanto a melancia é consumida pela polpa doce e aquosa, o maxixe é aproveitado principalmente pela polpa firme e rica em minerais.

Essas diferenças devem ser consideradas tanto no preparo quanto na combinação com outros alimentos, para evitar surpresas durante o consumo.

O que dizem os especialistas sobre o consumo diário

Nutricionistas e médicos ressaltam que o maxixe pode fazer parte de uma alimentação saudável, desde que seu consumo seja moderado e adaptado ao perfil de cada indivíduo. A inclusão diária é possível, mas precisa levar em conta fatores como intolerâncias, sensibilidade gastrointestinal e preferências alimentares.

Profissionais da saúde recomendam variar os tipos de vegetais ao longo da semana para garantir um aporte diversificado de nutrientes. Assim, o maxixe pode ser incluído entre outros alimentos funcionais e naturais.

Também é consenso entre os especialistas que o preparo adequado e o consumo consciente são os principais aliados para usufruir dos benefícios sem comprometer a saúde.

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Maxixe na dieta: cuidados ao preparar e armazenar

A conservação do maxixe deve seguir boas práticas para manter suas propriedades. O ideal é armazená-lo na geladeira, em compartimento seco, dentro de sacos perfurados ou recipientes fechados. Isso evita o ressecamento e a contaminação por micro-organismos.

O consumo deve ocorrer em até quatro dias após a compra, quando o alimento ainda mantém firmeza e cor verde-clara. É fundamental lavar bem os frutos em água corrente antes do preparo.

Se for congelar, o maxixe deve ser escaldado previamente para preservar textura e nutrientes. Essa prática é útil para quem deseja manter o vegetal disponível por mais tempo, sem perda significativa de qualidade.