Mais um grupo de brasileiros ganha direito ao BPC: não perca seus direitos!

O presidente Lula garantiu que um grupo específico de pessoas continue tendo acesso ao pagamento mensal do BPC.

O BPC, ou Benefício de Prestação Continuada, integra a política pública de assistência social no Brasil e assegura um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que comprovem baixa renda.

Regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o benefício não exige contribuição prévia ao INSS, o que o diferencia de aposentadorias. Ele funciona como uma rede de proteção para cidadãos em extrema vulnerabilidade, garantindo condições mínimas de subsistência e dignidade.

No entanto, para receber o valor, a família do requerente deve comprovar que a renda por pessoa do grupo familiar está abaixo de 1/4 do salário mínimo. Além disso, a deficiência ou a idade devem limitar a capacidade de garantir o próprio sustento.

Se você faz parte deste grupo de pessoas, pode comemorar: seu BPC está garantido.
Se você faz parte deste grupo de pessoas, pode comemorar: seu BPC está garantido. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / https://pronatec.pro.br

Novo grupo de brasileiros garante direito ao BPC

Com a sanção da nova lei pelo presidente Lula, pessoas com deficiência leve também passaram a ter possibilidade de acesso ao BPC, após um intenso debate no Congresso. Durante a votação do projeto, senadores retiraram o trecho que condicionava o benefício apenas para deficiência moderada ou grave.

A exclusão desse critério foi decisiva para impedir que pessoas com autismo leve ou síndrome de Down fossem automaticamente descartadas da política de assistência, mesmo vivendo em contextos de vulnerabilidade social severa.

O Congresso entendeu que limitar o direito apenas com base na gravidade clínica da deficiência resultaria em exclusões injustas e desumanas. A senadora Mara Gabrilli alertou que, caso o veto não fosse aplicado, milhares de brasileiros com deficiência leve poderiam ficar sem acesso ao BPC.

A parlamentar defendeu que a regulamentação deve levar em conta a realidade vivida por cada cidadão e não criar obstáculos burocráticos que inviabilizem a concessão. O risco de que a avaliação se torne um instrumento de exclusão segue preocupando organizações da sociedade civil.

Além da exclusão do critério de gravidade, a nova legislação traz um avanço importante: permite que mais de um integrante da mesma família receba o BPC, sem que isso comprometa o cálculo da renda familiar per capita.

Ou seja, o valor recebido por uma pessoa com deficiência não será mais considerado na conta que define a condição econômica dos demais moradores da casa. Essa mudança atende a uma demanda antiga de famílias que abrigam mais de um dependente em situação de vulnerabilidade.

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Entendendo a proposta assinada pelo presidente

A lei sancionada pelo presidente Lula insere novas obrigações e garante mais clareza nos critérios para recebimento do BPC, reforçando tanto o compromisso com a proteção social quanto a necessidade de controle eficiente na concessão.

Entre as principais mudanças, está a obrigatoriedade de atualização cadastral a cada dois anos, o que exige atenção dos beneficiários e reforça a importância da manutenção dos dados no Cadastro Único. A medida busca evitar fraudes e garantir que o auxílio alcance quem realmente precisa.

Outro ponto que passou a valer com a nova legislação é a exigência da identificação biométrica para o recebimento do benefício. A biometria será usada em processos como saque e comprovação de vida, o que tende a aumentar a eficiência do controle e reduzir as fraudes.

Além disso, o texto da lei mantém a avaliação biopsicossocial como critério decisivo para a concessão do BPC. Isso significa que o perito não pode considerar apenas o grau clínico da deficiência, mas também os aspectos sociais e ambientais que dificultam a vida da pessoa.

A senadora Damares Alves deu o exemplo de uma criança com autismo leve que vive em uma cidade sem acesso a fonoaudiólogos ou escolas adaptadas. Nesse cenário, a deficiência leve pode gerar grande impacto na vida diária, o que justifica a concessão do benefício mesmo sem gravidade clínica aparente.

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Quem tem direito ao BPC em 2025?

A nova versão do BPC preserva os principais critérios de acesso, mas com ajustes que ampliam sua cobertura. O benefício continua direcionado a pessoas com 65 anos ou mais e a cidadãos com deficiência de qualquer grau que comprovem não ter meios de garantir o próprio sustento.

Para isso, a renda familiar mensal por pessoa deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo, critério que permanece válido como linha de corte. A lei também considera, agora, contextos sociais específicos que agravem a vulnerabilidade, mesmo em casos de deficiência considerada leve.

Além do requisito de renda e da comprovação da condição de deficiência ou idade, o interessado deve estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. A inscrição precisa estar atualizada e conter todas as informações sobre os membros da família.

Como solicitar o benefício?

  • Realize a inscrição no Cadastro Único e mantenha os dados atualizados
  • Acesse o site ou app do Meu INSS ou vá até uma agência da Previdência Social
  • Preencha a solicitação do BPC e anexe os documentos exigidos
  • Agende a avaliação médica e social, quando necessário
  • Acompanhe o andamento do pedido pelo Meu INSS ou pelo telefone 135

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