Maior mamífero terrestre do mundo é reencontrado em evento histórico
Não é todo dia que encontramos uma notícia tão surpreendente: as antas, conhecidas cientificamente como Tapirus terrestris, foram avistadas no Rio de Janeiro. Isso não acontecia há mais de 100 anos! Os registros vieram do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e mostram a importância da conservação na nossa biodiversidade.
Na América do Sul, a anta é o maior mamífero terrestre. Por muito tempo, só conseguiam ser vistas em áreas protegidas ou em situações bem específicas da natureza. Recentemente, uma equipe localizou essas incríveis criaturas em uma área mais ampla. Com o apoio do Vale e do Inea, foram instaladas dez câmaras para capturar imagens, resultando em 108 registros dessas antas na região.
A constatação inédita
Em uma das fotos, foi até possível ver uma mãe com seu filhote, um momento raro e especial! Isso só foi possível graças às iniciativas de conservação que têm sido feitas na Mata Atlântica. Esse ambiente rico em biodiversidade também abriga a onça-parda, ou Puma concolor, e é ideal para as antas.
As antas podem chegar a pesar até 250 quilos e têm uma adaptação fantástica ao meio ambiente. Elas desempenham um papel fundamental ao procurar sementes e ajudar na preservação dos locais onde vivem. E não pense que são só grandes e pesadas; elas também são excelentes nadadoras, navegando em encostas íngremes e em áreas alagadas com uma facilidade impressionante.
Além disso, as antas têm um comportamento que as ajuda a evitar predadores. A última vez que foram avistadas com certeza no Brasil foi em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, mas sua população foi severamente prejudicada pela caça e exploração.
Hoje, as antas correm o risco de entrar para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. O espaço em Cunhambebe é uma área protegida, com aproximadamente 40 mil hectares, e esforços estão sendo feitos para garantir a sua preservação. A população local está sendo incentivada a cuidar do meio ambiente, seguindo diretrizes que promovem a saúde da natureza.
Esses registros fotográficos são uma forma de olhar para um futuro onde a conservação da biodiversidade não seja apenas um desejo, mas uma realidade palpável e vivida no nosso dia a dia.