Lançamentos de setembro: jogos, livros e histórias que valem sua atenção
De vingança no Japão feudal a viagens ousadas de mulheres pelo mundo, confira cinco novidades para explorar em setembro de 2025.
Setembro chegou com novidades que prometem animar quem gosta de cultura, games e boas histórias. Entre os lançamentos, há um jogo de ação no Japão medieval, livros com viagens surpreendentes, reflexões sobre estatística aplicada à vida real e uma análise histórica sobre o estigma criado em torno do Nordeste brasileiro.
A seleção mistura fantasia e realidade, trazendo desde heróis improváveis até personagens históricos que desafiaram padrões. Para quem gosta de mergulhar em tramas intensas ou aprender mais sobre a forma como o mundo foi construído, este mês está recheado de opções.
Vale destacar que os lançamentos não se limitam a um único público. Há títulos que conversam com fãs de aventura, exploradores de novas ideias e também leitores interessados em debates sociais. Em comum, todos trazem narrativas envolventes e diferentes maneiras de entender o mundo.
Vingança no Japão medieval
Imagine ver sua vida destruída ainda na juventude e carregar por anos um desejo de justiça. É isso que move Atsu, uma camponesa que sobrevive a um massacre e, 16 anos depois, incorpora o espírito vingativo do onryo para enfrentar os responsáveis pela tragédia. Essa é a trama de Ghost of Yotei, novo game de mundo aberto que leva o jogador ao Japão feudal.
Desenvolvido pelos mesmos criadores de Ghost of Tsushima, o jogo aposta em cenários belíssimos, cheios de templos e montanhas, enquanto mergulha em questões como honra, sacrifício e vingança. O título chega dia 2 de outubro, em versão exclusiva para PlayStation 5, custando R$ 399,90.
Viagens feitas por mulheres
As grandes histórias de viagem não pertencem apenas a exploradores homens. O livro Mulheres Viajantes resgata trajetórias de personagens femininas que ousaram desafiar regras em séculos passados.
No século 17, por exemplo, a espanhola Catalina de Erauso deixou o convento, assumiu identidade masculina e lutou em batalhas militares. Já a inglesa Mary Wortley, no século 18, conheceu na Turquia uma prática que mais tarde seria reconhecida como os primeiros passos da vacinação e levou essa descoberta para a Europa. Um século depois, a austríaca Ida Pfeiffer criou os filhos, cuidou da casa e, em seguida, decidiu dar a volta ao mundo sozinha, em uma época em que essa ideia era quase impensável.
Cada capítulo mostra como essas mulheres enfrentaram preconceitos e deixaram um legado duradouro em diferentes épocas.
Matemática no dia a dia
Acertar resultados de eleições parecia impossível, até que o estatístico Nate Silver mostrou o contrário com modelos matemáticos que ganharam fama mundial. Agora, no livro No Limite, ele amplia essa análise ao investigar padrões escondidos em lugares improváveis, como o pôquer, o mercado de criptomoedas e até situações comuns que vivemos diariamente.
A proposta é mostrar como números e estatísticas estão muito mais próximos das nossas escolhas do que imaginamos. Para quem gosta de raciocínio lógico e também de análises aplicadas à vida real, a leitura é reveladora.
Um farol em movimento
Entre os lançamentos de games, uma proposta curiosa chama a atenção. Em Keeper, o protagonista nada mais é do que um farol com vida própria, que se movimenta pelo cenário desbravando desafios e inimigos.
A ideia lembra Psychonauts, jogo de 2005 que já brincava com mundos criativos e simbolismos psicológicos. Mantendo a tradição do estúdio Double Fine, adquirido pela Microsoft, a produção aposta em originalidade e promete conquistar quem gosta de experiências fora do comum. O lançamento está marcado para 17 de outubro, disponível para Xbox Series e PC, com acesso gratuito para assinantes do Game Pass.
A criação do estigma nordestino
Em Só Sei Que Foi Assim, o jornalista Octávio Santiago investiga um tema delicado da história brasileira: a estigmatização do Nordeste. O autor relata como, a partir de 1919, quando o Brasil era governado por um presidente paraibano, começou a ser cristalizada a ideia de separar “Norte” e “Nordeste” — junto com um discurso que associava a região à pobreza e ao atraso.
A obra resgata documentos, discursos e contextos políticos para explicar como essa narrativa foi construída e se tornou parte do imaginário nacional. Mais do que contar a origem de expressões preconceituosas, o livro ajuda a entender como ideologias moldam a visão de uma região inteira.
Assim, setembro chega com opções que vão muito além do entretenimento. São histórias que permitem viajar no tempo, refletir sobre preconceitos, mergulhar na matemática por trás da vida real e explorar mundos fantásticos.