Klabin tem lucro de R$ 585 mi no 2T e anuncia R$ 306 mi em dividendos
A Klabin, uma das principais indústrias de papel e celulose do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, mostrando um lucro líquido de R$ 585 milhões. Este valor representa um aumento de 86% em comparação ao mesmo período do ano anterior, 2024.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, conhecido como Ebitda ajustado, totalizou R$ 2,041 bilhões no segundo trimestre de 2025, apresentando uma leve redução de 1% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A empresa atribuiu essa estabilidade ao crescimento da receita líquida proveniente de papéis e embalagens, que foi impulsionada por aumentos nos preços e pela desvalorização do real em relação ao dólar durante o período.
A margem Ebitda ajustada foi de 39% entre abril e junho de 2025, uma queda de 2 pontos percentuais em relação à margem do segundo trimestre de 2024. A receita líquida neste trimestre alcançou R$ 5,247 bilhões, um crescimento de 6% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
No que diz respeito à dívida, a Klabin reportou uma dívida líquida de R$ 27,951 bilhões até 30 de junho de 2025, o que representa um aumento de 18% se comparado com o mesmo período do ano passado. O indicador de alavancagem financeira, que mede a relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, atingiu 3,7 vezes, um aumento de 0,7 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2024.
Além dos resultados financeiros, a empresa também anunciou a distribuição de R$ 306 milhões em dividendos, o que equivale a R$ 0,05018892311 por ação ordinária ou preferencial e R$ 0,25094461555 por unidade (unit). Os acionistas que possuírem ações até o fechamento do pregão em 8 de agosto de 2025 terão direito a esses proventos. As ações estarão disponíveis sem direito a dividendos a partir de 11 de agosto, com o pagamento programado para 19 de agosto de 2025.
A produção de celulose e papéis no segundo trimestre de 2025 alcançou 1,107 milhões de toneladas, um aumento de 16 mil toneladas em comparação ao mesmo período do ano anterior. A produção de celulose foi de 405 mil toneladas, mantida em nível similar ao do ano anterior. A produção de papel-cartão chegou a 239 mil toneladas, um crescimento de 7%, beneficiada pela nova linha de produção (MP28), que teve um aumento de 20% na produção de papel-cartão neste período. Por fim, o volume de containerboard produzido foi de 463 mil toneladas, igual ao do segundo trimestre de 2024, devido a uma parada programada para manutenção na unidade de Otacílio Costa, em Santa Catarina.