O INSS recentemente lançou um alerta para os brasileiros que dependem de aposentadorias por incapacidade permanente e especial, que estão entre as mais solicitadas no país. A mensagem é clara: é essencial que os beneficiários conheçam as regras para evitar cortes inesperados em seus benefícios.
Muita gente não sabe, mas o INSS pode, sim, suspender essas aposentadorias se algumas condições não forem cumpridas. Por isso, compreender as normas é fundamental.
O que causa o corte do benefício?
Um dos principais motivos para o corte da aposentadoria por incapacidade permanente é o retorno à atividade remunerada. Isso significa que, se a pessoa volta a trabalhar, o INSS pode interpretar que ela recuperou a capacidade de desempenhar suas funções, o que justifica a suspensão do benefício.
A aposentadoria especial, que é destinada a quem trabalhou em ambientes perigosos, segue uma lógica semelhante. Se um aposentado decide voltar a trabalhar em um ambiente que pode prejudicar a saúde, o INSS também pode suspender o benefício.
Por outro lado, quem se aposentou por idade ou tempo de contribuição pode continuar trabalhando sem correr o risco de ter sua aposentadoria cancelada.
Exemplos para entender melhor
Aposentadoria por incapacidade permanente: Imagine que uma pessoa se aposentou após um acidente, mas volta a trabalhar como motorista de aplicativo. Nesse caso, o INSS pode cortar o benefício, pois a atividade mostra que a pessoa recuperou a capacidade de trabalhar.
Aposentadoria especial: Se alguém se aposentou após anos exposto a barulho em uma fábrica e decide voltar para a mesma profissão, o benefício também pode ser suspenso porque a exposição ao risco é muito semelhante.
Informações adicionais sobre as regras
É importante ressaltar que existem outras condições que podem levar à suspensão do benefício:
Reabilitação Profissional: O INSS pode convocar o segurado para programas de reabilitação. Se a pessoa se recusa ou é reabilitada para uma nova função, o benefício pode ser cancelado.
Perícia Periódica: Pessoas acima de 60 anos, ou 55 anos com 15 anos de benefício, e segurados com HIV/AIDS não precisam passar por perícia médica regular, a menos que haja suspeitas de irregularidades.
Comunique-se com o INSS: Sempre informe qualquer mudança em sua saúde ou retorno ao trabalho. Isso ajuda a evitar problemas futuros.
Como reagir à suspensão do benefício?
Caso o INSS suspenda seu benefício e você acreditar que foi de forma injusta, é possível pedir uma revisão. Para isso, você pode apresentar laudos médicos que comprovem sua condição.
Os pedidos podem ser feitos pelo aplicativo Meu INSS, pelo site oficial ou pelo telefone 135. Se o pedido for negado, há a opção de recorrer à Justiça.
Uma dica importante: tenha cuidado com golpistas que aproveitam a insegurança de quem está na situação de solicitar benefícios. O INSS nunca pede depósitos, PIX ou senhas por telefone. O processo é sempre gratuito e deve ser feito apenas pelos canais oficiais. Desconfie de chamadas ou mensagens de números desconhecidos.