Pago o INSS por conta própria: quanto preciso contribuir para aposentar com mais que um salário mínimo?

O contribuinte autônomo deve compreender a importância das contribuições ao INSS para uma aposentadoria digna.

No universo dos trabalhadores brasileiros, não são poucos os que têm sonhos e aspirações vinculados à aposentadoria. Imagine você, depois de tantos anos trabalhando arduamente, finalmente alcançando um período merecido de descanso e recebendo uma remuneração digna por todo esforço dedicado ao longo dos anos. Mas uma pergunta pertinente se ergue nesse cenário: sendo um contribuinte autônomo, quanto devo contribuir ao INSS para garantir uma aposentadoria superior ao salário mínimo?

Este artigo vai guiar você por essa jornada, desvendando os mistérios da contribuição autônoma e dando dicas valiosas para quem deseja uma aposentadoria mais robusta.

Pago o INSS por conta própria: quanto preciso contribuir para aposentar com mais que um salário mínimo?
A quantidade de meses de contribuição também influencia o valor da aposentadoria concedida pelo INSS. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Como garantir pagamentos maiores do INSS?

Para começar, é fundamental entender que o valor que você receberá de aposentadoria não é fruto do acaso, mas sim um reflexo das contribuições realizadas ao longo da vida. Em linhas gerais, quanto mais alto o valor contribuído e quanto mais tempo você contribuir, maior será o montante a ser recebido na aposentadoria. Então, a primeira dica é clara: se aspira uma aposentadoria que ultrapasse o valor do salário mínimo, é crucial que invista em contribuições mais elevadas por um período mais prolongado.

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Mas como o INSS, órgão responsável pelo sistema previdenciário brasileiro, define esse valor tão esperado das aposentadorias? Não é mágica, nem sorte, e sim uma metodologia que se baseia nas contribuições do trabalhador. O cálculo leva em consideração a média salarial do contribuinte durante seus anos de trabalho. A lógica por trás disso é a seguinte: se ao longo de sua carreira, você contribuiu mais, é justo que, na hora de se aposentar, receba um valor que reflita essas contribuições.

Até aqui, parece simples, certo? Contribuo com mais, recebo mais. Mas é preciso entender que essa média salarial não é feita considerando todos os salários, mas sim os 80% maiores salários de contribuição após julho de 1994. Essa particularidade é uma maneira de beneficiar o trabalhador, já que os menores valores são descartados, resultando em uma média mais alta. E quanto mais próximo do teto de contribuição você estiver ao longo dos anos, maior a probabilidade de conseguir uma aposentadoria que ultrapasse o salário mínimo.

Tempo de contribuição

Outro ponto que merece destaque é que não é apenas o valor que influencia. A quantidade de meses contribuídos também entra no jogo. Afinal, alguém que contribuiu por 20 anos não pode receber o mesmo que alguém que contribuiu por 35, mesmo que ambos tenham optado pelos mesmos valores mensais.

Também é fundamental estar a par das atualizações e mudanças nas regras previdenciárias. Em um país de legislação tão dinâmica como o Brasil, alterações são frequentes. Um exemplo disso é a Reforma da Previdência, promulgada em 2019, que instaurou novas diretrizes para cálculo e concessão de benefícios.

Para quem almeja uma aposentadoria confortável, planejamento é a palavra-chave. O caminho pode ser um pouco complexo e repleto de nuances, mas, com dedicação e informação, é possível navegar com segurança. E para quem quer garantir que está sempre atualizado e fazendo as melhores escolhas, o site oficial da Previdência https://www.inss.gov.br é um recurso indispensável. Lá, além de informações atualizadas, é possível realizar simulações e entender, com mais clareza, o impacto de suas contribuições no benefício futuro.

O sonho de uma aposentadoria digna, que supere o salário mínimo, é plenamente alcançável para o contribuinte autônomo. Basta compreender o sistema, planejar-se adequadamente e manter contribuições consistentes ao longo dos anos. E, como todo bom investimento, quanto mais cedo começar, melhor será o retorno.

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