Inflação 2025: o que é, como funciona e como é calculada
A inflação é um fenômeno econômico que afeta diretamente o poder de compra das pessoas, tornando-se um fator decisivo na qualidade de vida de uma nação. Em 2025, a inflação no Brasil continua a ser uma das principais preocupações para famílias, empresas e para o próprio governo, que tem o desafio de manter a economia sob controle. A variação dos preços ao longo do tempo é natural, mas é necessário que ela se mantenha dentro de limites razoáveis para garantir estabilidade e bem-estar econômico.
Historicamente, a inflação no Brasil passou por altos e baixos, com períodos de hiperinflação seguidos de um controle mais rigoroso. Desde a implementação do regime de metas para a inflação em 1999, o país tem conseguido manter a inflação em níveis mais baixos e controláveis, apesar de alguns choques econômicos. Em 2025, a meta estabelecida pelo Banco Central (bcb.gov.br) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5%, o que significa que a inflação pode variar entre 1,5% e 4,5% ao longo do ano.
A inflação afeta diretamente todos os setores da economia, influenciando desde o preço de produtos essenciais até os investimentos e a renda das pessoas. Em um cenário de inflação controlada, as famílias têm maior previsibilidade sobre seus gastos e as empresas conseguem planejar melhor seus investimentos e contratações. No entanto, quando a inflação se descontrola, o impacto é sentido no aumento dos preços dos produtos e serviços, gerando incertezas no mercado.
A compreensão sobre a inflação é fundamental para entender como o sistema econômico funciona e como o controle das taxas de inflação pode influenciar as políticas públicas e a economia familiar. Neste contexto, a informação sobre como a inflação é medida e o que a causa torna-se essencial para todos os cidadãos e agentes econômicos.

Índice – Inflação 2025
O que é inflação na economia?
A inflação é o aumento generalizado e sustentado dos preços dos bens e serviços ao longo do tempo. Esse aumento resulta na diminuição do poder de compra da moeda, ou seja, cada unidade monetária passa a ter um valor menor. O efeito direto da inflação é a elevação do custo de vida, o que pode afetar a capacidade das famílias de adquirir produtos essenciais e fazer investimentos.
No Brasil, a inflação é medida principalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA reflete a variação dos preços de uma cesta de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos, incluindo itens como alimentação, transporte, saúde, educação, e moradia.
A inflação é considerada uma das maiores responsáveis pela instabilidade econômica. Embora uma certa inflação seja vista como natural, pois indica um crescimento econômico, quando ela ultrapassa certos limites, ela pode prejudicar o poder de compra da população, como foi o caso da hiperinflação nos anos 1980 e 1990.
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Como se mede a inflação?
A inflação é medida por índices de preços, sendo o IPCA o mais importante no Brasil. O IBGE calcula o IPCA mensalmente, com base na variação dos preços dos produtos e serviços em várias regiões do país. Esse índice leva em conta os gastos das famílias brasileiras com itens como alimentos, transporte, vestuário, educação, saúde e lazer.
Além do IPCA, outros índices também são utilizados para medir a inflação, como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é utilizado principalmente no mercado de aluguéis, e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Cada índice tem um foco específico, mas todos visam mensurar o impacto da inflação sobre a economia e a vida das pessoas.
O cálculo da inflação envolve a comparação entre os preços de uma cesta de bens e serviços em dois períodos diferentes. A variação percentual entre esses valores representa o índice da inflação no período analisado. Esse processo é fundamental para a definição das políticas econômicas adotadas pelo governo e para o acompanhamento das metas de inflação estabelecidas pelo Banco Central.
Como está a inflação hoje?
Em 2025, a inflação no Brasil tem mostrado uma desaceleração em relação aos anos anteriores. No início do ano, a inflação medida pelo IPCA foi de 0,16% em janeiro, uma queda em relação ao mesmo mês do ano anterior. Isso é reflexo da queda nos preços de energia elétrica e da estabilização de outros itens essenciais, como alimentos e combustíveis.
Entretanto, os preços de alimentos como cenoura, tomate e café continuam a pressionar o índice. O grupo de Alimentação e Bebidas tem sido uma das maiores influências sobre a inflação neste início de 2025. O controle desses preços é essencial para evitar que a inflação ultrapasse os limites estabelecidos pela meta do Banco Central.
A inflação atual está dentro do intervalo de tolerância estipulado pelo Banco Central para 2025, mas continua a ser um indicador econômico que exige monitoramento constante. Em um cenário global de desafios econômicos, como a desaceleração da economia mundial e os altos preços das commodities, o Brasil segue atento às variações inflacionárias.
O que causa a inflação na economia?
Existem várias causas para a inflação, sendo as mais comuns a demanda excessiva e os custos de produção mais altos. Quando a demanda por bens e serviços aumenta além da capacidade de produção da economia, os preços tendem a subir. Esse fenômeno é conhecido como inflação de demanda.
Por outro lado, a inflação de custos ocorre quando há aumento nos custos de produção, como aumento nos preços de energia, combustíveis e insumos agrícolas. Esses aumentos de custos são repassados para os preços dos produtos e serviços, resultando em uma elevação generalizada dos preços.
Outras causas incluem os efeitos da política monetária e fiscal do governo, a depreciação da moeda e os choques externos, como crises globais ou aumentos nos preços internacionais de petróleo.

Tipos de inflação
A inflação pode ser classificada de várias formas, dependendo de suas causas e da sua magnitude. Os tipos mais comuns incluem:
- Inflação de demanda: ocorre quando a demanda por bens e serviços excede a oferta, gerando pressões sobre os preços.
- Inflação de custos: causada pelo aumento nos custos de produção, como salários e preços de insumos.
- Inflação inercial: quando os preços continuam a subir devido às expectativas inflacionárias passadas, mesmo sem mudanças significativas nos fatores econômicos.
Esses tipos de inflação podem ocorrer simultaneamente ou em momentos diferentes, influenciando a política monetária do governo.
A inflação é ruim?
A inflação moderada é considerada normal e até saudável para uma economia em crescimento. Ela pode indicar que a demanda por produtos e serviços está em alta, refletindo a expansão da atividade econômica. No entanto, a inflação elevada ou descontrolada pode trazer sérios prejuízos à economia, principalmente no poder de compra da população.
Altos índices de inflação causam incertezas, dificultando o planejamento financeiro de famílias e empresas. Além disso, a inflação alta prejudica os mais pobres, que gastam uma maior porcentagem de sua renda com produtos básicos, como alimentos e transporte.
Qual a relação entre taxa Selic e inflação?
A taxa Selic, taxa básica de juros do Brasil, é um dos principais instrumentos usados pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o Banco Central tende a aumentar a Selic para desaquecer a economia e reduzir a demanda por bens e serviços. Isso ajuda a conter a pressão sobre os preços.
Por outro lado, quando a inflação está controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular o consumo e o investimento. A relação entre a Selic e a inflação é um elemento chave na formulação das políticas monetárias e fiscais do país.
Como a inflação afeta o meu dinheiro?
A inflação diminui o poder de compra do dinheiro, o que significa que, com o tempo, você precisará de mais dinheiro para comprar os mesmos produtos e serviços. Esse efeito é especialmente impactante em economias com inflação alta e descontrolada.
A inflação também pode afetar a rentabilidade dos investimentos. Quando os preços sobem rapidamente, a rentabilidade de investimentos com retornos fixos, como a poupança, pode ser inferior à taxa de inflação, gerando perdas reais para os investidores.
Outros índices que medem a inflação
Além do IPCA, existem outros índices que medem a inflação e suas variações, como o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), usado para reajustes de contratos, e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para famílias de menor renda. Cada índice tem uma metodologia diferente, mas todos buscam mensurar a variação dos preços e seu impacto na economia.