Idec emite COMUNICADO aos brasileiros correntistas dos bancos Itaú, Bradesco, Nubank e Santander

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor notifica os principais bancos depois de uma pesquisa sobre segurança na internet. Confira.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou recentemente um relatório preocupante sobre a segurança dos aplicativos de bancos mais populares do país. Intitulado “Golpe do Celular Invadido”, o documento revela uma série de vulnerabilidades que aumentam o risco de golpes e fraudes aos clientes dos bancos Nubank, Bradesco, Itaú e Santander. Nesta matéria, apresentaremos as principais conclusões do relatório.

Aplicativos de bancos não são totalmente seguros
Aplicativos de bancos não são totalmente seguros. Foto: divulgação

Aplicativos de bancos não são totalmente seguros

O golpe do celular invadido ocorre quando um criminoso se passa por um atendente bancário e entra em contato com as vítimas por meio de WhatsApp, SMS, e-mail ou ligação telefônica. O golpista, tentando parecer credível, fornece alguns dados pessoais e conduz uma conversa formal, transmitindo a mesma confiança que um atendente do banco passaria. 

Assim, o golpista ganha a confiança da vítima e a convence a baixar um aplicativo no celular. Só que, na realidade, é um programa que permite o acesso remoto controlado pelos criminosos. Com esse acesso remoto, os golpistas podem realizar transferências de dinheiro, empréstimos, compras e outras transações na conta bancária da vítima.

O Idec iniciou sua análise levantando o número de reclamações registradas pelos clientes no ano passado contra cada um desses bancos. O Nubank foi o banco com maior número de reclamações, sendo que muitas delas estavam relacionadas a celulares roubados. Outras reclamações abordavam o golpe do acesso remoto, com relatos espalhados pelas redes sociais.

Após questionar o Nubank sobre as reclamações, o Idec estendeu sua análise aos três maiores bancos privados do Brasil: Bradesco, Itaú e Santander. O Idec indagou se esses bancos já tinham clientes que foram vítimas do golpe do celular invadido e qual medida cada instituição adotou para lidar com a situação. Um dos bancos respondeu que era plenamente capaz de bloquear completamente o acesso remoto ao aplicativo. Essa possibilidade levou o Idec a questionar os outros bancos sobre sua falta dessa ferramenta de segurança.

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Resultados dos testes são preocupantes

Após um mês da primeira fase da pesquisa, o Idec realizou testes para verificar se os aplicativos dos bancos tinham avançado no desenvolvimento de mecanismos capazes de impedir o acesso às contas dos clientes. Somente um dos bancos testados obteve sucesso em bloquear o acesso remoto, tornando-se uma referência para os demais. 

O Idec notificou os outros dois bancos sobre os resultados obtidos nos testes. O Idec decidiu não divulgar detalhes específicos dos testes, inclusive o nome do banco que obteve sucesso. Assim, essa ação impediria que criminosos explorem possíveis falhas ou brechas.

No relatório, o Idec lembra os consumidores que foram vítimas do golpe do celular invadido que eles têm direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor. Isso já é uma posição consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso seja comprovado que o banco é responsável por falhas de segurança que resultem em danos aos clientes, a instituição financeira deve reparar os prejuízos causados. Além do relatório, o Idec disponibilizou um modelo de petição para auxiliar os consumidores que desejam acionar a Justiça em busca de reparação pelos danos sofridos. 

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