Governo emite nota OFICIAL e confirma se vai confiscar DINHEIRO da conta bancária de brasileiros
Veja por que os brasileiros estão revoltados com a possibilidade do Governo Federal confiscar o dinheiro de suas contas bancárias
O debate em torno do uso de valores esquecidos em bancos gerou polêmica e despertou dúvidas entre a população.
Recentemente, o governo federal emitiu uma nota oficial para esclarecer as preocupações que surgiram após a aprovação de um projeto de lei.
Diante das especulações, o governo tratou de reforçar os objetivos da nova medida e como deve funcionar esse procedimento.
O que diz o Projeto de Lei que “confisca” dinheiro de contas?
O governo divulgou a nota após aprovar o Projeto de Lei, que aguarda sanção do presidente Lula. O esclarecimento busca tranquilizar os cidadãos sobre o destino de seus valores esquecidos. Ademais, explica as etapas para que os titulares possam resgatar esses recursos o quanto antes.
O PL estipula que valores esquecidos por cidadãos ou empresas em bancos, consórcios e outras instituições financeiras irão para o Tesouro Nacional. Isso ocorrerá caso os brasileiros não resgatem no prazo.
O texto prevê que, uma vez sancionada a lei, os titulares desses valores terão até 30 dias para reivindicar seus recursos. Caso contrário, o dinheiro voltará ao Tesouro.
A nota oficial do governo reforça que essa prática não é inédita no Brasil. Isso porque a incorporação de valores não reclamados está desde 1954 na lei. Assim, o governo afirma que os brasileiros não devem interpretar a medida como confisco, mas como um procedimento legal e regulamentado.
O comunicado ainda detalha que o Ministério da Fazenda deverá publicar um edital no Diário Oficial da União. O objetivo será informar sobre os valores que retornarão ao Tesouro, dando transparência ao processo.
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Possibilidade de contestação e resgate dos valores
Para evitar qualquer mal-entendido, o governo enfatiza que os titulares desses valores ou seus herdeiros terão a possibilidade de contestar a incorporação dos recursos ao Tesouro.
O Banco Central, que desde março de 2023 oferece um serviço online de consulta a valores esquecidos, continuará a permitir que os cidadãos consultem seus créditos pendentes e realizem o resgate antes que o prazo legal expire.
Esse sistema de consulta, acessível a qualquer cidadão, permite ainda que familiares de pessoas falecidas reivindiquem valores deixados em contas bancárias ou consórcios.
O governo garante que todas as medidas estão sendo tomadas para que o processo seja transparente e acessível, permitindo que os cidadãos recuperem seus recursos sem complicações.
Agora, o projeto aguarda a sanção do presidente Lula para entrar em vigor. Caso seja sancionado, o governo deverá seguir os trâmites previstos na legislação para a incorporação dos valores. Por isso, é essencial que os cidadãos que desejarem recuperar seus créditos fiquem atentos ao prazo de resgate.
Banco Central também se pronunciou nos últimos dias
De acordo com o BC, quase 1 milhão de pessoas têm direito a sacar mais de R$ 1 mil em valores esquecidos. Outros 5 milhões de brasileiros têm entre R$ 100 e R$ 999. A autarquia ainda informou que há pessoas com mais de uma conta aberta e dinheiro esquecido nelas.
Nos últimos dias, as empresas também receberam essa possibilidade, podendo consultar valores esquecidos no sistema Valores a Receber, do Banco Central.
Milhões de brasileiros têm dinheiro esquecido em bancos
O Banco Central do Brasil publica mensalmente um balanço surpreendente: 45 milhões de pessoas e empresas têm dinheiro esquecido em instituições financeiras, somando mais de R$ 8 bilhões.
Dentre esses, a maioria, cerca de 33 milhões, tem até R$ 10 a receber. Outros 13 milhões podem sacar entre R$ 10 e R$ 100, enquanto 5 milhões têm valores entre R$ 100 e R$ 1 mil esquecidos. Quase 1 milhão de pessoas têm mais de R$ 1 mil para resgatar.
Esses valores são vinculados a CPFs ou CNPJs e resultam, por exemplo, de contas correntes encerradas ou tarifas bancárias devolvidas, mas que não puderam ser creditadas por falta de uma conta ativa.
Especialistas explicam que esse dinheiro pertence às pessoas, mas muitas esquecem de resgatá-lo após mudanças em suas contas bancárias.