Governo autoriza elevação da mistura de etanol na gasolina

Visando transformar o cenário energético no Brasil, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reuniu nesta quarta-feira (25). O foco da discussão foi o aumento da proporção de etanol anidro na gasolina.

O etanol já é uma estrela na energia limpa do Brasil e, ao longo dos anos, sua mistura com a gasolina se consolidou como uma estratégia para reduzir a dependência do petróleo, diminuir a emissão de gases poluentes e até melhorar a performance do combustível. Atualmente, a legislação permite que a gasolina tenha pelo menos 27% de etanol, mas a nova proposta do CNPE busca elevar esse percentual para 30%.

Uma boa notícia é que essa mudança não exigiria adaptações nos motores. De acordo com especialistas do setor automotivo, os veículos flex são predominantes nas ruas brasileiras, o que facilita a implementação dessa alteração. Se a proposta for aprovada, o governo deverá emitir uma resolução definindo prazos e requisitos técnicos para cada fase da transição. A expectativa é de que essa nova mistura comece a ser utilizada de forma gradual até o final de 2025.

Benefícios do aumento da mistura de etanol na gasolina

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou os impactos positivos que o aumento na mistura de etanol pode trazer. Ele acredita que com 30% de etanol, o Brasil poderá se tornar um exportador de combustíveis, o que vai fortalecer o mercado interno e gerar novas oportunidades de trabalho.

Além disso, Silveira mencionou a possibilidade de que essa mudança também ajude a baixar o preço da gasolina. Segundo ele, o litro do combustível poderia ficar mais barato, com uma redução de até R$ 0,13.

Aumento do percentual de etanol na gasolina pode dar mais autonomia ao Brasil

Outra questão importante discutida pelo CNPE é a promoção da autossuficiência do Brasil. Com um percentual maior de etanol na gasolina, o país ficaria menos vulnerável às flutuações do petróleo no mercado mundial. Considerando as tensões atuais envolvendo o Irã, um dos grandes produtores de petróleo, essa autonomia se torna ainda mais relevante.

Com essas medidas, o Brasil não só apostaria em energia mais limpa, mas também se prepararia para enfrentar desafios futuros no setor energético.