O Google está te ESPIONANDO sem você saber; veja
Seu celular Android pode estar enviando dados ao Google sem que você perceba. Veja o que foi descoberto e como reduzir o rastreamento.
O Google coleta informações de usuários de Android mesmo quando eles não interagem com aplicativos ou autorizam esse rastreamento.
Um estudo da Trinity College, na Irlanda, revelou que dispositivos com Android 14 enviam dados para os servidores da empresa sem o conhecimento do usuário.
Essa prática acontece o tempo todo, até mesmo quando o celular permanece inativo. Os dados coletados incluem identificadores de publicidade, registros de navegação e informações de uso.
Além disso, o estudo mostrou que não existe uma opção clara para desativar essa coleta ou remover os rastreadores do aparelho.

Pesquisa revela que o Google coleta dados sem autorização
O professor Douglas Leith, responsável pela pesquisa, analisou como os celulares Android armazenam e enviam informações. Ele utilizou um Google Pixel 7 com Android 14 para entender quais dados a empresa recebe e como isso acontece.
Os testes revelaram que o Google rastreia cliques, monitora identificadores de publicidade e armazena cookies sem que o usuário precise abrir aplicativos como Gmail ou Google Play Store.
Esses dados incluem:
- Identificadores do aparelho, como número de série e configuração do sistema.
- Cookies de publicidade, usados para monitorar atividades.
- Informações sobre pesquisas e acessos à Google Play Store.
Mesmo quando o dispositivo não está em uso, o sistema continua armazenando e enviando essas informações.
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Como acontece essa coleta de dados?
O estudo mostrou que o rastreamento começa no momento do login no Android. Assim que o usuário insere sua conta Google no dispositivo, a empresa conecta automaticamente o perfil a todos os aplicativos pré-instalados, como Gmail, Google Maps e Google Play Store.
Em suma, esse mecanismo permite que o Google capture dados e monitore interações sem que o usuário precise abrir esses aplicativos.
A pesquisa também identificou cookies de rastreamento, como o DSID, que, segundo o Google, serve para “personalizar anúncios em sites que não pertencem à empresa”. No entanto, o estudo mostrou que esse cookie permanece no aparelho mesmo quando o usuário não acessa nenhum aplicativo do Google.
Além disso, os testes indicaram que não existe um método prático para remover todos os rastreadores identificados, o que reduz o controle dos usuários sobre suas informações pessoais.
Como evitar que seus dados sejam coletados?
A saber, a pesquisa revelou que não há uma maneira simples de impedir essa coleta. Mesmo quando o usuário limpa os dados armazenados nas configurações do celular, os rastreadores continuam funcionando.
Algumas ações podem reduzir a quantidade de informações coletadas:
- Desativar o Google Play Services (caso o aparelho permita).
- Desinstalar ou desativar a Google Play Store (o que impede o download de novos aplicativos).
- Utilizar versões alternativas do Android, que não incluem os serviços do Google.
Apesar dessas opções, desativar esses serviços pode limitar o funcionamento do celular, pois muitos aplicativos dependem do Google Play Services para rodar corretamente.
Google se recusou a responder se pretende mudar a forma como coleta dados
Logo após a publicação do estudo, o professor Douglas Leith questionou o Google sobre possíveis mudanças no sistema de rastreamento. A empresa afirmou que não comentaria sobre aspectos legais e não respondeu se pretende modificar a coleta de dados.
Em 2022, um levantamento apontou o Google como a empresa que mais rastreia dados pessoais. Além disso, documentos vazados mostraram que a empresa armazena mais informações do que se imaginava, incluindo cliques e interações no navegador Chrome.
Em conclusão, a nova pesquisa reforça preocupações sobre privacidade e transparência no uso de dados de usuários Android. O Google não oferece opções claras para desativar esse rastreamento, o que levanta discussões sobre a necessidade de maior controle e segurança para os usuários.