Gambá INFLUENCER com mais de 150 mil seguidores é levado pela polícia; denúncia de maus-tratos

Um gambá influencer foi pego pelo Comando Ambiental da Brigada Militar. Na verdade, parece que pegar animais silvestres e tratá-los como domésticos para ganhar fama virou moda. Neste ano, o país assistiu ao caso da capivara Filó, do influenciador Agenor Tupinambá. O rapaz que se apresentava como um ribeirinho é, na verdade, filho de um rico fazendeiro. Ele gerou polêmicas e foi acusado de abuso e exploração de animais pelo Ibama. 

Agora, existe mais um caso envolvendo a exploração de animais silvestres. Desta vez, no Rio Grande do Sul, com o gambá influencer. Ele estava sob os ‘cuidados’ de uma técnica de enfermagem que não foi identificada, moradora da cidade de Monte Negro. Em seu perfil no Instagram, contava com quase 150 mil seguidores. Entenda porque a prática de criar animais silvestres é crime ambiental. 

Gambá influencer é apreendido após técnica de enfermagem expor rotina do animal nas redes sociais 

Pegar animais fofinhos para cuidar pode parecer um ato de bondade. Principalmente se os apelidamos com nomes fofos e postamos suas fotos nas redes sociais. Contudo, a prática é ilegal e pode trazer sérias consequências ao ‘cuidador’ do animal. Afinal de contas, existem seres que estão adaptados ao meio selvagem. Tirá-los da natureza para viver em uma casa pode causar um impacto negativo na saúde do animal. 

Por essa razão que o Comando Ambiental da Brigada Militar apreendeu o gambá influencer de uma técnica de enfermagem não identificada. A moradora da cidade de Montenegro foi denunciada por maus tratos e exploração do animal após suas publicações viralizarem nas redes sociais. Vale salientar que ela até deu um nome para o bicho – ‘Emílio’. 

Depois da repercussão, a técnica optou por entrar com um pedido de guarda do gambá influencer. Contudo, a guarda ainda não foi concedida. Vale salientar que Emílio não era alimentado de forma adequada. Além do mais, a técnica não tem licença para cuidar de um animal desta espécie. Ele morava no quintal de sua casa e não sem habitat natural. Emílio tinha apenas um ano e sete meses. 

Após a apreensão do animal, a técnica criou uma petição para que Emílio voltasse a morar com ela. Esta história é parecida com a de Agenor. O rapaz de 23 anos que se passa por uma pessoa simples é, na verdade, filho de um rico fazendeiro. A propriedade de sua família está localizada na cidade de Autazes, no interior do Amazonas. Sua família responde processo por destruir área nativa da floresta, além de acusações por invasão de terras indígenas. 

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Afinal, qual é a problemática em criar animais silvestres? 

O caso do gambá influencer e capivara Filó revelam uma tendência cruel para animais silvestres e o meio ambiente. Afinal de contas, essas espécies podem parecer bem tratadas, mas ficam estressadas fora de seus habitats. Além do mais, podem desenvolver sérias doenças e causar um impacto no meio ambiente. 

Por fim, o Decreto nº 6.514/2008 da Lei Ambiental proíbe o uso de imagem de animais silvestres, mantidos em cativeiros, para fins comerciais. Ou seja, tirar um animal da natureza para ganhar dinheiro na internet é um crime previsto em lei. 

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