O pior em 100 anos! Furacão Milton pode chegar a categoria 6 e atingir o Brasil?
Saiba se Furacão Milton vai atingir categoria recorde e por que brasileiros começam a se preocupar com a possibilidade do fenômeno chegar aqui
O Furacão Milton vem ganhando força rapidamente e gerando preocupação em meteorologistas ao redor do mundo. Com a possibilidade de alcançar uma categoria 6, esse fenômeno extremo se destaca como um dos mais poderosos do século, capaz de causar danos enormes por onde passar.
Especialistas têm monitorado de perto a trajetória do furacão, que ameaça áreas próximas com ventos cada vez mais intensos. A questão que fica no ar é se essa força devastadora poderia, de fato, alcançar o território brasileiro.
O potencial destrutivo de Milton está sendo comparado ao de furacões históricos, levantando alertas em várias regiões que poderiam sentir seus efeitos indiretos. Com previsões mudando a todo tempo, a possibilidade de que o Brasil esteja no caminho desse gigante da natureza exige atenção.
Furacão Milton tem a capacidade de atingir o Brasil?
Em primeiro lugar, é importante saber que um dos fatores principais que contribui para a dificuldade de furacões atingirem o Brasil é sua localização geográfica.
O Brasil está situado na parte sul da América do Sul, em uma região onde as condições climáticas não favorecem a formação de ciclones tropicais.
Os furacões se desenvolvem em águas quentes e tropicais, geralmente no Oceano Atlântico, mas a área em que eles podem se intensificar e se mover em direção ao continente é limitada.
Embora o Brasil tenha uma extensa costa atlântica, a maioria dos furacões se forma mais ao norte, em regiões onde a temperatura da água é ideal para sua formação.
Na costa brasileira, especialmente em sua parte sul, as águas costumam ser mais frias do que as encontradas em regiões mais tropicais, como o Caribe. Isso torna mais difícil a formação de sistemas de baixa pressão que possam se desenvolver em furacões.
Furacão avança e brasileiros já começam a se preocupar
Um fator que também impacta a ocorrência de furacões no Brasil é a influência das correntes oceânicas. O Brasil é banhado por uma corrente marítima que tende a trazer águas mais frias para a costa, o que ajuda a inibir a formação de tempestades tropicais.
Além disso, as correntes oceânicas que transportam águas quentes estão localizadas mais ao norte, onde as condições para a formação de furacões são mais favoráveis. Assim, essa dinâmica ajuda a manter os furacões longe do litoral brasileiro.
Apesar de todos esses fatores, o Brasil não é completamente imune a furacões. Em 2004, o furacão Catarina atingiu o sul do Brasil, sendo um dos poucos casos documentados. Contudo, esse evento não é a norma e demonstra como a combinação de fatores climáticos e geográficos nos favorecem.
Já no caso do Furacão Milton, prestes a atingir os EUA, meteorologistas já calculam ventos acima de 300km/h. Nesse caso, a possibilidade do fenômeno alcançar a categoria 6 não está tão distante. Este é um dos piores furacões em 100 anos, gerando alerta máximo para o Estado da Flórida.
Do dia 9 a 10 de outubro, o furacão deve avançar bastante, com previsão de atingir a área pela madrugada. Moradores da região já se preparam para enfrentar esse terrível acontecimento, e países do mundo todo voltam seus olhos para esse monstro climático, inclusive o Brasil.
Possíveis motivos para a formação do furacão
O furacão Milton, formado nas águas excepcionalmente quentes do Golfo do México, surpreendeu especialistas com sua rápida intensificação.
Com temperaturas da superfície do mar em 29,5°C, acima da média, o Milton evoluiu de categoria 1 para 5 em menos de 24 horas, atingindo ventos de 285 km/h. Esse comportamento raro foi comparado a furacões históricos, como Wilma (2005) e Felix (2007).
Especialistas alertam que a tempestade pode ser uma das mais destrutivas já vistas no centro-oeste da Flórida, especialmente devido ao seu ângulo incomum de aproximação, vindo perpendicularmente à costa.
Além dos ventos e chuvas fortes, a geografia rasa da costa oeste da Flórida favorece tempestades severas, com o furacão impulsionando grandes volumes de água para o interior.
Inundações adicionais são esperadas devido aos corpos d’água abundantes na região, agravando os riscos para a população local.
Três dos furacões mais devastadores da história
Os furacões Katrina, Galveston e Mitch marcaram profundamente a história com suas consequências catastróficas. O Katrina, em 2005, foi um dos mais mortais e destrutivos, devastando Nova Orleans com ventos de até 280 km/h e rompendo diques, causando inundações.
Com mais de 1.800 mortes e prejuízos de 125 bilhões de dólares, o evento expôs falhas na gestão de emergências nos Estados Unidos.
Já o Furacão de Galveston, em 1900, continua sendo o desastre natural mais mortal dos EUA, com uma maré de tempestade que submergiu a cidade do Texas e causou entre 8.000 a 12.000 mortes.
Por fim, o Furacão Mitch, em 1998, arrasou a América Central com inundações e deslizamentos de terra, resultando em até 19.000 mortos e milhões de desabrigados. Esses eventos revelaram a importância de avanços na meteorologia e na infraestrutura de proteção contra desastres naturais.