Fungo transforma animais em zumbis no Brasil

Recentemente, uma descoberta incrível aconteceu na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Cientistas identificaram um fungo que tem a capacidade de transformar formigas em verdadeiros “zumbis”. Essa descoberta foi feita na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, e quem deu esse belo achado foi o biólogo Samuel Lima Santos.

A pesquisa foi realizada enquanto a equipe coletava amostras para estudar vespas e fungos. Durante o trabalho, eles encontraram o Ophiocordyceps acanthoponerae, um fungo que modifica o comportamento de algumas espécies de insetos, especialmente as formigas.

### O Impacto do Fungo nas Formigas

As formigas Acanthoponera mucronata, que são bem raras e têm hábitos noturnos, foram as principais vítimas dessa infecção. Samuel notou que as formigas afetadas apresentavam comportamentos diferentes, sugerindo uma manipulação causada pelo fungo. Essas transformações são surpreendentes e abertas a várias interpretações.

A pesquisa conta com a colaboração de especialistas do Brasil e do exterior. O estudo foi registrado na revista Fungal Systematics and Evolution (FUSE), o que amplia a compreensão sobre os chamados “fungos zumbificadores”. Além do próprio Samuel, a equipe inclui Simon Elliot, que coordena o Laboratório de Interações Inseto-Microorganismo na UFV, Thairine Mendes Pereira, um pós-doutoranda, e outros pesquisadores internacionais.

### A Importância da Pesquisa

Essa descoberta é considerada única e pode abrir portas para novas pesquisas. Com mais informações, acreditam os cientistas que, além de entender mais sobre o ciclo de vida e comportamento dessas formigas, o fungo possivelmente apresenta características que ajudam no controle de pragas. Isso seria uma alternativa à utilização de agrotóxicos, promovendo um enfoque mais sustentável em relação à agricultura.

Esses estudos são essenciais. Eles mostram que investir em pesquisas pode trazer benefícios valiosos para a ciência e, quem sabe, até para as práticas agrícolas no Brasil. Descobertas como essa são sempre fascinantes, não é?