FGTS na demissão e seguro-desemprego estão em RISCO? Entenda as mudanças!
Os maiores benefícios para pessoas que perdem o emprego são o FGTS e o seguro-desemprego, que podem estar em risco neste momento.
O governo federal está analisando uma série de mudanças que podem impactar diretamente os direitos trabalhistas, especialmente em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao seguro-desemprego.
Essas possíveis alterações são parte de um esforço para ajustar as contas públicas e reduzir os gastos, mas também podem afetar os trabalhadores demitidos sem justa causa.
Com o mercado de trabalho em recuperação, a equipe econômica estuda maneiras de modificar os benefícios sem comprometer os direitos fundamentais dos trabalhadores.
No entanto, as propostas levantam preocupações sobre possíveis cortes e ajustes que o governo está considerando nestes dois segmentos.
Como funcionam os benefícios atualmente?
Atualmente, os benefícios trabalhistas em caso de demissão sem justa causa incluem o FGTS e o seguro-desemprego. Ambos os mecanismos são essenciais para proteger o trabalhador em períodos de desemprego, garantindo suporte financeiro temporário.
Para compreender o que está em jogo, é importante saber como esses benefícios funcionam e quais são os critérios de elegibilidade.
Saiba mais: Quer sacar o FGTS? Escolha uma dessas modalidades e pegue o que é SEU de direito!
FGTS na demissão
Quando um trabalhador recebe demissão sem justa causa, ele tem direito ao saque do saldo acumulado no FGTS, que consiste em depósitos mensais realizados pelo empregador. Além disso, o empregador deve pagar uma multa equivalente a 40% sobre o saldo do FGTS, como forma de compensação pela demissão.
Essa multa é um direito garantido ao trabalhador e representa um suporte financeiro extra para lidar com o período de transição. Os depósitos mensais do FGTS correspondem a 8% do salário do empregado, sendo obrigatórios e realizados durante toda a vigência do contrato de trabalho.
O objetivo do FGTS é proporcionar uma reserva financeira ao trabalhador, que pode servir para situações específicas, como demissão sem justa causa, compra da casa própria ou doenças graves.
Quando o trabalhador é demitido, o saldo do fundo fica disponível para saque, proporcionando um suporte imediato.
Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é um benefício concedido pelo governo federal a trabalhadores demitidos sem justa causa, e seu valor varia de acordo com o salário anterior, com um mínimo de R$ 1.640 e máximo de R$ 2.313,74.
O benefício é entregue em parcelas mensais, que variam de três a cinco, conforme o tempo de trabalho nos últimos 36 meses. Essa assistência visa garantir que o trabalhador tenha uma fonte de renda enquanto busca uma nova colocação no mercado.
Para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deve cumprir alguns requisitos, como ter trabalhado por um período mínimo determinado antes da demissão e não estar recebendo outro benefício previdenciário, exceto auxílio-acidente ou pensão por morte.
O número de parcelas concedidas depende do tempo de serviço e da quantidade de solicitações anteriores.
Veja outros: Contratei empréstimo pelo saque-aniversário, quando ele acabar vou poder SACAR meu FGTS normal?
FGTS e seguro-desemprego em risco? Entenda
A equipe econômica do governo estuda medidas que podem afetar o FGTS e o seguro-desemprego, como parte de uma estratégia para reduzir os gastos públicos.
Uma das propostas em análise é abater o valor do seguro-desemprego da multa de 40% paga ao trabalhador demitido. Essa mudança reduziria o custo do benefício para o governo, mas impactaria diretamente o valor recebido pelo trabalhador.
Quanto maior a multa rescisória, menor seria o valor das parcelas do seguro-desemprego, afetando a proteção financeira em períodos de desemprego.
Além disso, o governo estuda a possibilidade de limitar o reajuste do salário mínimo, que atualmente está vinculado ao valor do seguro-desemprego. A proposta seria calcular o reajuste apenas com base na inflação, sem aumentos reais, o que afetaria o poder de compra dos trabalhadores.
Outra ideia em discussão é aumentar a alíquota de contribuição das empresas que demitem frequentemente, com o objetivo de desestimular a alta rotatividade e aumentar a arrecadação para sustentar os benefícios.
Essas mudanças são analisadas em um contexto de crescimento das despesas com seguro-desemprego, que passaram de R$ 47,6 bilhões para R$ 52,4 bilhões em 12 meses, com previsão de R$ 56,8 bilhões em 2025.
Fique de olho: Pelo menos DUAS modalidades do FGTS podem virar consignado; entenda!