Quente ou frio? Entenda o fenômeno que pode MUDAR o clima no Brasil de uma hora para outra
Veja como o clima no Brasil pode mudar nos próximos por conta de um famoso fenômeno e saiba se ficará quente ou frio em sua região
O clima no Brasil está prestes a passar por mudanças bruscas, e isso tem tudo a ver com um fenômeno que os meteorologistas conhecem bem.
Dependendo da região, o tempo pode virar de uma hora para outra, trazendo temperaturas extremas – seja calor intenso ou ondas de frio fora de época.
Essas oscilações climáticas estão diretamente ligadas a fenômenos naturais que afetam o país em diferentes estações do ano. Fique por dentro das previsões e descubra como o fenômeno vai influenciar o clima na sua cidade.
Fenômeno pode alterar o clima no Brasil?
As recentes descobertas científicas vêm revelando novas dinâmicas que podem alterar o clima de forma repentina, gerando impactos diretos em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil.
Um estudo da Universidade de Reading, no Reino Unido, trouxe à luz um fenômeno climático até então desconhecido que apresenta características semelhantes ao famoso El Niño, mas com distinções importantes.
Esse novo padrão climático, denominado “Padrão Circumpolar de Onda-4 do Hemisfério Sul” (SST-W4), ocorre em uma região específica do Oceano Pacífico e tem potencial para afetar todo o Hemisfério Sul, provocando variações de temperatura que influenciam tanto a atmosfera quanto os padrões climáticos.
O SST-W4 se manifesta como um padrão climático que envolve alterações de temperatura em uma área restrita ao Sudoeste do Oceano Pacífico, perto de Nova Zelândia e Austrália.
Diferente do El Niño, que se forma nos trópicos, esse fenômeno surge em latitudes médias e atua como um gatilho para mudanças climáticas que se propagam pelo Hemisfério Sul. O processo é uma reação em cadeia que forma quatro áreas de temperaturas alternadas nos oceanos.
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Quais serão os efeitos nas temperaturas?
O efeito dessa oscilação pode influenciar diretamente o clima em diversas regiões, criando flutuações nas condições meteorológicas.
Balaji Senapati, principal autor da pesquisa, destaca que o SST-W4 pode revolucionar as previsões meteorológicas, principalmente no Hemisfério Sul. A área afetada pode parecer pequena, mas seus efeitos são amplos, alterando significativamente os padrões de temperatura e vento.
Utilizando simulações avançadas, os cientistas foram capazes de analisar 300 anos de condições climáticas para identificar esse novo padrão.
As mudanças desencadeadas por esse fenômeno são transportadas pela corrente de ventos de oeste, criando uma onda que percorre o Hemisfério Sul e influencia o clima em larga escala.
A descoberta levanta questões sobre a capacidade de prever com maior precisão eventos climáticos extremos, como secas e tempestades. Estas poderiam afetar diretamente o Brasil e outras regiões do sul do planeta.
Comparações com o El Niño
Embora muitos comparem esse fenômeno com o El Niño, as diferenças entre os dois são gigantes. A doutoranda Karina Bruno Lima, especialista em Climatologia, observa que, embora ambos os fenômenos compartilhem algumas características, eles ocorrem em regiões distintas.
Ela destaca que o SST-W4 traz mais consequências ao Hemisfério Sul e, consequentemente, pode ajudar a entender melhor o comportamento climático dessa região.
Compreender esse novo padrão será crucial para a adaptação das populações às mudanças climáticas. Isso porque o conhecimento detalhado sobre o SST-W4 permitirá ajustes mais precisos nas previsões de eventos extremos.
À medida que mais estudos sejam conduzidos, é provável que novas estratégias de mitigação e adaptação sejam desenvolvidas para lidar com os efeitos desse fenômeno.
Essa descoberta abre novas possibilidades para o monitoramento climático, especialmente em países como o Brasil, que enfrentam desafios constantes com eventos climáticos imprevisíveis.