Estudo revela que excesso de exposição às telas de celular e computador aumenta risco de doenças graves; entenda

Exposição à telas pode trazer diversos problemas para os brasileiros. Entenda.

A exposição às telas é algo inevitável atualmente. Uma grande parcela da população trabalha utilizando seus computadores e celular. Assim, nos momentos de lazer, diferente do que se espera, acabam voltando para esses locais. 

As séries e filmes passam nas televisões, os jogos de videogame necessitam de uma tela para funcionarem. Até mesmo conversar com amigos pode acabar atrás de uma tela de celular. Porém esse costume pode trazer doenças. 

Estudo revela que excesso de exposição às telas de celular e computador aumenta risco de doenças graves; entenda
Entenda o que mostra a pesquisadora da UFMG – Imagem: Divulgação

Exposição à tela pode ser prejudicial 

Sabe-se que atualmente as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são uma das principais causas de morte. Essa informação foi oferecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Esses problemas, estão quase sempre ligados a fatores comportamentais como o sedentarismo, tabagismo e alimentação não saudável. Assim, uma pesquisadora da Faculdade de Medicina da UFMG, alerta a população sobre os perigos da exposição às telas e como esse processo contribui para o desenvolvimento de DCNT. 

O estudo foi feito durante os estudos de mestrado da nutricionista Rayssa Cristina Martins, que participa do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFMG. Durante esse processo, a profissional relacionou as informações acerca do tempo de exposição a computadores, celulares e televisores com a qualidade de alimentação de 88 mil pessoas adultas do Brasil. 

Assim, o estudo mostrou que aqueles que passam muito tempo expostos a qualquer tipo de telas, acabam apresentando um consumo alimentar que não é saudável. Assim, esse valor chegou a 32% a mais do que as alimentações saudáveis. Assim, é possível perceber que as pessoas que passam mais de 3 horas por dia em frente às telas consumiam mais ultraprocessados. 

A pesquisadora explicou que esse trabalho foi realizado de maneira a alertar a população quanto aos impactos negativos que essa exposição exagerada pode causar. Em especial no que está ligado ao consumo de alimentos. 

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Sedentarismo preocupa

Este tempo de tela está associado fortemente à inatividade física. Assim, as atividades que tornam as pessoas sedentárias em frente à tela ganham espaços cada vez maiores no cotidiano da população. Com essa prática, atrelada à má alimentação, surgem as doenças crônicas. 

De acordo com a pesquisadora, o país passa por uma transição nutricional que está marcada pela substituição da desnutrição para a obesidade. Este último, sendo um agente importante no aparecimento da DCNTs. Com essa diminuição dos gastos energéticos, a população pode adquirir esse tipo de doença em qualquer faixa etária. 

Assim, outras pesquisas já mostravam os prejuízos que as telas poderiam causar à saúde de adolescentes e crianças. Contudo, este estudo demonstrou que não são apenas essas classes que devem se preocupar, mas também os adultos. 

A nutricionista comenta que essa exposição deve ser trocada por atividades físicas, caminhar com os animais de estimação ou ainda brincadeiras com os filhos. Assim, podendo tornar a vida mais saudável. 

Este estudo realizado por Rayssa Martins buscou analisar as informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. Nela, cerca de 88 mil brasileiros de todo o país foram entrevistados. Deste total, 57,8% já possuía alguma DCNT e outros 5,8% classificaram sua saúde como ruim ou muito ruim. 

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