Exército anuncia tolerância zero para o 7 de setembro
Nesta terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar um dos pontos centrais do plano de golpe de estado que foi articulado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O clima é tenso, e o Exército brasileiro não está para brincadeira.
Para garantir a ordem, foi anunciada uma política de “tolerância zero” em relação a aglomerações e manifestações nas proximidades de quartéis em todo o Brasil, com a atenção redobrada, principalmente em Brasília. A ideia é evitar qualquer conexão das Forças Armadas com atos políticos, especialmente durante esse julgamento, que envolve militares de alta patente.
Essa decisão também visa prevenir possíveis manifestações no dia 7 de setembro, uma data em que o Brasil celebra sua independência com várias atividades cívicas. O comando militar está alinhado e mantém comunicação constante com as forças de segurança de estados e do governo federal. Protocolos para ação rápida foram criados para responder a qualquer tentativa de invasão de áreas militares ou órgãos públicos.
Exército pretende preservar imagem de neutralidade
Uma das principais preocupações do Exército é evitar que eventos como os de 8 de janeiro de 2023 se repitam. Naquele dia, manifestantes que estavam acampados em frente aos quartéis invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Com isso em mente, a instituição busca reafirmar sua imagem de neutralidade.
Os comandantes atuais entendem que o ambiente político para 2025 demanda uma postura firme. Eles fazem questão de deixar claro que o Exército não se tornará um instrumento de disputas partidárias. Informações levantadas indicam que não se espera aglomerações nas unidades militares, especialmente após o Alto Comando do Exército ter rejeitado se envolver com qualquer plano golpista.
Essa escolha pode ter causado descontentamento entre alguns apoiadores do ex-presidente, mas a salvaguarda da democracia é prioridade. O objetivo é garantir uma separação clara entre as forças armadas e a política, fortalecendo a credibilidade e a legitimidade das instituições no país.