ETFs crescem nos EUA e Ethereum atinge maior valor em cinco meses

Depois de enfrentar uma queda de 25% no primeiro semestre deste ano, o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, foi negociado a US$ 3.360 nesta quarta-feira (16), o maior valor desde fevereiro. Nos últimos sete dias, o Ethereum teve uma valorização de 22%, segundo informações de plataformas que monitoram preços de criptomoedas, como a Coingecko.

A recuperação do valor do Ethereum é atribuída a dois fatores principais. O primeiro é o crescimento das aplicações de ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) de Ethereum nos Estados Unidos. Na semana passada, esses fundos atraíram quase US$ 1 bilhão em investimentos, sinalizando um aumento significativo no interesse dos investidores. Desde que foram lançados em julho do ano passado, os ETFs de Ethereum não tinham conseguido mobilizar grandes volumes de recursos, mas agora estão ganhando força, com o volume desta semana já ultrapassando US$ 400 milhões.

O segundo fator que tem contribuído para a valorização do Ethereum é a compra da criptomoeda por empresas que desejam incrementar suas reservas financeiras. Algumas empresas americanas estão adotando uma estratégia similar àquela utilizada com o Bitcoin, adquirindo Ethereum para fortalecer suas tesourarias. Esse movimento sugere que o Ethereum está sendo visto como um ativo financeiro que pode gerar rendimento e servir como reserva de valor.

Além disso, essa crescente aceitação do Ethereum por parte das empresas pode ter um impacto positivo no seu preço, pois essas aquisições reduzem a quantidade de Ethereum disponível no mercado, indicando confiança a longo prazo na criptomoeda.

Entretanto, mesmo com essa valorização recente, analistas ressaltam que ainda é cedo para afirmar que estamos em uma “altseason”, que é um período caracterizado por forte valorização das altcoins, aquelas criptomoedas que não são o Bitcoin. Uma altseason era esperada para o primeiro semestre de 2023, mas não se concretizou devido a um ambiente econômico mais adverso, que levou investidores a se afastarem de ativos mais arriscados.