Afinal, estudante pode receber licença-maternidade? Como solicitar o benefício?

Estudantes podem ter acesso a diversos benefícios sociais, incluindo a licença-maternidade. Contudo, é importante seguir algumas regras.

A licença-maternidade é um direito que visa proteger e apoiar mulheres durante o delicado período da gestação e dos primeiros meses de vida do bebê. Embora muitas vezes associada ao ambiente de trabalho formal, esse direito também se estende ao universo acadêmico.

Esse tipo de suporte é essencial para garantir que a gravidez não represente uma barreira ao acesso à educação e à continuidade dos estudos. Além disso, contribui para uma vivência acadêmica mais inclusiva, respeitosa e humanizada.

Considerando a complexidade desse momento, é crucial compreender como funciona a aplicação da licença-maternidade para estudantes, quais são os requisitos legais e os caminhos possíveis para assegurar esse benefício.

Já parou apra se perguntar se estudante tem direito à licença-maternidade? Confira.
Já parou para se perguntar se estudante tem direito à licença-maternidade? Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Afinal, estudante pode tirar licença-maternidade?

A legislação brasileira reconhece a necessidade de afastamento temporário das atividades acadêmicas para estudantes gestantes. A Lei nº 6.202/75 estabelece que a aluna tem o direito de se afastar das aulas a partir do oitavo mês de gestação, podendo permanecer afastada por até três meses.

Essa medida visa oferecer um período mínimo de adaptação para a mãe e o bebê, sem prejudicar o rendimento escolar. Além disso, a legislação considera as necessidades físicas e emocionais da gestante, permitindo uma pausa importante sem comprometer o vínculo educacional com a instituição.

Apesar da ausência em sala de aula, a estudante não fica totalmente desvinculada de suas obrigações acadêmicas. Durante o período de licença-maternidade, ela pode seguir em regime domiciliar, o que permite realizar provas, trabalhos e outras atividades escolares em casa.

Essa flexibilidade é fundamental para que a estudante mantenha seu progresso nos estudos e cumpra as exigências curriculares. Porém, para que esse regime seja viabilizado, é necessário apresentar um atestado médico que comprove a gravidez e justifique a ausência.

As escolas e universidades devem oferecer suporte para o cumprimento do regime domiciliar. Isso envolve o envio de conteúdos, a definição de prazos ajustados para entrega de trabalhos e a oferta de orientações específicas por parte dos professores.

Além de garantir o direito legal, essa postura fortalece o compromisso das instituições com a igualdade de acesso à educação. Cabe lembrar que a licença-maternidade não isenta a estudante das avaliações, apenas adapta as formas de realização.

Saiba mais: Transporte GRATUITO para grupo específico de brasileiros: confirme HOJE (17) a informação

Quais as regras para garantir esse benefício?

Para solicitar a licença-maternidade, a estudante precisa apresentar à instituição de ensino um atestado médico detalhando a gestação e indicando o período de afastamento recomendado. O documento serve como base para o início do regime domiciliar e para o planejamento das atividades que serão realizadas.

Em geral, o afastamento começa no oitavo mês de gestação e se estende por até 90 dias. Durante o afastamento, a instituição deve manter o vínculo com a estudante, garantindo o acesso a conteúdos e avaliações.

A legislação determina que a estudante tenha a possibilidade de realizar provas e apresentar trabalhos, mesmo que fora do ambiente escolar. Isso assegura a continuidade da formação acadêmica sem interrupções bruscas. A responsabilidade de organização também recai sobre a própria instituição.

Além disso, a estudante deve manter sua matrícula ativa durante todo o período. A ausência justificada por gravidez não pode ser usada como motivo para cancelamento ou reprovação automática. Dessa forma, o sistema educacional se adapta à realidade da maternidade.

É possível tirar licença-maternidade da faculdade?

No ensino superior, o direito à licença-maternidade também é garantido. Estudantes universitárias têm assegurado o afastamento das atividades presenciais por um período de até 90 dias, conforme determinado pela legislação vigente.

Esse período pode ser estendido futuramente, caso projetos de lei atualmente em tramitação sejam aprovados. A ideia é equiparar os direitos educacionais aos direitos trabalhistas das gestantes, promovendo mais igualdade.

Nas universidades, assim como nas escolas, o regime domiciliar também se aplica. A estudante pode continuar seus estudos de casa, mantendo-se conectada às disciplinas por meio de materiais digitais, provas remotas e orientações individualizadas.

Projetos como o PL 869/24 propõem a ampliação do período de licença-maternidade para 120 dias, além de considerar a implementação de licença-paternidade para estudantes. A extensão desse direito no ensino superior representa mais um passo para um ambiente universitário mais acessível e humanizado.

Veja mais: Gracyanne Barbosa recebe batismo em culto com Pablo Marçal

Quantos meses a universidade dá?

Atualmente, a universidade garante o afastamento da estudante gestante por até três meses, conforme a Lei nº 6.202/75. Esse período se inicia, geralmente, no oitavo mês de gestação e pode se estender até o segundo mês após o parto.

Trata-se de um direito consolidado, mas que ainda pode evoluir com a aprovação de novos projetos de lei em discussão no Congresso Nacional. Durante esses três meses, a estudante tem o direito de continuar suas atividades acadêmicas em casa.

A universidade precisa oferecer condições adequadas para que isso ocorra, como o envio de provas e a oferta de materiais digitais. Além disso, os professores devem prestar o devido suporte, adaptando métodos de avaliação e prazos às necessidades da aluna gestante.

Esse sistema busca assegurar que a maternidade não represente um obstáculo ao avanço acadêmico da mulher. Ao respeitar o tempo de recuperação e adaptação da nova mãe, a universidade também colabora com a construção de um espaço educacional mais justo.

Outros direitos da estudante gestante

  • Regime domiciliar garantido: A estudante pode realizar provas, entregar trabalhos e acompanhar conteúdos de casa, com apoio da instituição.
  • Matrícula assegurada: A aluna gestante tem direito a manter a matrícula ativa durante o período de afastamento.
  • Flexibilidade nos prazos: As datas de entrega de atividades podem ser ajustadas conforme a realidade da estudante, respeitando suas condições de saúde e maternidade.
  • Apoio pedagógico: Professores e coordenadores devem oferecer suporte contínuo, garantindo que a aluna acompanhe o conteúdo mesmo afastada.
  • Propostas de ampliação: Projetos de lei buscam estender o período de licença-maternidade e incluir também a licença-paternidade para estudantes.

Veja mais: Afinal, o PIX de R$ 106,00 do Governo Federal é direito de QUEM?