Estudante descobre joia de ouro em sua primeira escavação
A primeira descoberta na vida de um arqueólogo é um momento marcante, que muitas vezes simboliza o início de uma carreira cheia de aventuras e aprendizados. Para Yara Souza, no entanto, esse marco foi ainda mais especial: ela encontrou seu primeiro grande artefato antes mesmo de se formar.
Yara é uma jovem estudante de arqueologia que vem de Orlando, nos Estados Unidos, e atualmente estuda na Universidade de Newcastle, na Inglaterra. Recentemente, participou de escavações no forte romano de Birdoswald, em Northumberland, durante o mês de julho. E logo após mais ou menos 90 minutos de trabalho, ela fez uma descoberta impressionante.
O que Yara encontrou foi um artefato de ouro datado do início da Idade Média. Em um comunicado, ela revelou que ficou surpresa com a rapidez da descoberta, algo que muitos arqueólogos esperam por anos para acontecer.
O objeto foi encontrado perto da Dere Street, uma antiga estrada romana que foi construída entre 71 e 81 d.C. Essa estrada ligava as cidades de York a Edimburgo e, mesmo após a queda do Império Romano, continuou sendo usada, hoje se transformando na rodovia A68.
É interessante ressaltar que essa foi a primeira vez que Yara esteve em Birdoswald. No ano passado, problemas de saúde a impediram de participar da escavação.
Objeto de ouro era utilizado em cerimônias religiosas
Apesar de seu tamanho reduzido, com apenas 4 centímetros de comprimento, o artefato encontrado por Yara possui detalhes decorativos em uma das extremidades. Ele muito provavelmente foi usado pela elite romana em rituais religiosos.
Na Antiguidade, a Dere Street unia dois importantes centros religiosos, situados em Jedburgh e Hexham. Era um caminho bastante frequentado por pessoas de alto nível social, o que torna a descoberta de Yara ainda mais fascinante.
E não foi só ela quem encontrou algo valioso na região. Em 2021, o pesquisador da Universidade de Newcastle, Alan Gray, também descobriu um artefato de ouro nas proximidades com um detector de metais.
Após passarem por análises, tanto o achado de Yara quanto o de Alan devem ser exibidos no Museu Great North, em Newcastle, no nordeste da Inglaterra. Essas descobertas ajudam a iluminar o passado e trazem a história à tona de uma forma incrível.