Estrada de tijolos amarelos é encontrada no fundo do mar

Uma equipe a bordo do navio de exploração Nautilus fez uma descoberta incrível no Oceano Pacífico. Eles encontraram uma formação subaquática que lembra uma estrada de tijolos amarelos, bem no fundo do Lili’uokalani Ridge, no Havai. Essa descoberta inusitada gerou comparações divertidas com a famosa estrada do filme "O Mágico de Oz", e logo chamou a atenção de muitas pessoas, tanto do público quanto da comunidade científica.

Essa região está localizada dentro do Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea, uma área muito interessante e preciosa no noroeste do Hawaí. A equipe do Nautilus, que trabalha sob a supervisão da Ocean Exploration Trust, fez essa descoberta durante uma expedição em abril de 2022. As formações que encontraram são, na realidade, um tipo de dique vulcânico, que se forma a partir de erupções vulcânicas. E, acredite, essas rochas têm um formato que realmente se assemelha a tijolos.

Formação vulcânica

Vale destacar que essa estrutura não é resultado de alguma civilização perdida, como a lendária Atlântida, mas sim uma obra da natureza. O que aconteceu foi um processo natural onde a lava, ao entrar em contato com a água, resfriou e aquecia, criando essas formas tão únicas e curiosas.

Embora pareça algo feito pela mão do homem, a formação é, de fato, um exemplo de hialoclastite, que é uma rocha vulcânica composta por fragmentos oriundos de erupções de grande intensidade. Essa disposição ordenada das rochas, com suas fraturas, pode dar a impressão de que se trata de um caminho bem definido — quase como uma estrada feita sob medida.

Importância da exploração oceânica

Explorações como essa são fundamentais para entendermos melhor os ecossistemas complexos que existem nos fundos do mar. As águas em torno dessas montanhas submarinas estão repletas de vida marinha que muitas vezes é desconhecida e que enfrenta ameaças devido à atividade humana e às mudanças climáticas.

O Nautilus tem como objetivo aprofundar nosso conhecimento sobre a biodiversidade na região, incluindo espécies como corais e esponjas-de-vidro, que estão ameaçadas e precisam desse habitat para sobreviver. Essas missões são essenciais para que possamos implementar medidas de conservação mais eficazes.

O Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea é uma das maiores áreas protegidas do planeta, e por isso, é indispensável realizar mapeamentos e estudos constantes. Isso ajuda a garantir a proteção desses ecossistemas frágeis e riquíssimos em biodiversidade.