EAD pode acabar? MEC divulga novas regras para modalidade de estudo
O MEC vai estabelecer novas diretrizes para o Ensino à Distância (EAD), trazendo mudanças que podem desagradar alguns.
O Ministério da Educação anunciou que o modelo de Ensino à Distância (EAD) passará por mudanças importantes nos próximos meses. Atualmente, muitos estudantes ainda buscam essa modalidade como opção para cursos superiores.
Essa decisão indica a necessidade de garantir que os cursos de graduação nessa modalidade mantenham altos padrões de qualidade e sejam sustentáveis no longo prazo.
Com a crescente popularidade do EAD, o MEC busca equilibrar o acesso à educação superior com a necessidade de critérios mais rígidos que assegurem a excelência acadêmica e a adequação às demandas do mercado de trabalho. As novas regras, ainda em desenvolvimento, prometem transformar o cenário educacional brasileiro.
Por que o MEC vai rever o modo EAD?
A decisão do MEC de suspender temporariamente a criação de novos cursos de graduação EAD e de restringir o aumento de vagas nessa modalidade surge como parte de uma revisão do marco regulatório. Essa medida, válida até março de 2025, tem como principal objetivo garantir que as ofertas de cursos a distância sejam sustentáveis e de alta qualidade.
O governo reconhece que o crescimento acelerado do EAD trouxe benefícios, mas também desafios que precisam de resolução para evitar o comprometimento da educação superior.
Além da interrupção de novas autorizações, o MEC iniciará um processo de diálogo público com gestores, especialistas e representantes de instituições de ensino. Essa etapa será crucial para avaliar as condições atuais da oferta e para identificar os ajustes necessários no sistema.
Segundo o ministério, a intenção é revisar aspectos como credenciamento, autorização de cursos, formas de avaliação e parâmetros de qualidade. Essa abordagem busca ouvir as demandas de diferentes setores envolvidos no ensino a distância e promover um modelo mais consistente.
Outro fator que motivou essa revisão foi a consulta pública realizada em outubro de 2023. Os resultados, que devem sair ainda este ano, destacaram preocupações específicas sobre a regulamentação do EAD.
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Quais as principais mudanças?
A princípio, entre as alterações propostas, uma das mais relevantes é a exigência de uma maior integração entre ensino presencial e a distância em cursos de formação de professores. As novas diretrizes determinam que, em cursos de licenciatura, formação pedagógica e segunda licenciatura, pelo menos 50% da carga horária seja realizada presencialmente.
Além disso, as mudanças incluem uma reorganização da estrutura curricular dos cursos. Os programas deverão ser divididos em quatro núcleos principais: formação básica, formação específica, estágio supervisionado e extensão. A definição de parâmetros claros para a carga horária e o formato de cada núcleo é uma medida que visa uniformizar e elevar os padrões da formação docente.
Outra modificação significativa é o aumento da carga horária mínima para formações pedagógicas e segundas licenciaturas. No caso de graduados não licenciados, a carga horária passará para 1.600 horas, enquanto os cursos de segunda licenciatura terão entre 1.200 e 1.800 horas.