Dívidas do FIES poderão ser renegociadas pelo Desenrola Brasil? Saiba tudo!
Programa Desenrola Brasil finalmente começa a operar: operações levantam dúvidas nos brasileiros. Confira os detalhes.
É oficial: o programa Desenrola Brasil já está em operação. A partir disso, muito tem se perguntado sobre qual o tipo de dívida o cidadão poderá negociar. Dentre os principais questionamentos, muitos se relacionam ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). Afinal, as parcelas em atraso entram no programa? A resposta para isso você confere nas linhas a seguir. Acompanhe!
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Desenrola Brasil começa a operar no Brasil
Na última segunda-feira, 17, o Governo Federal deu início às operações do programa Desenrola Brasil. Neste primeiro momento, serão atendidos os brasileiros que compõem a Faixa II da iniciativa, ou seja, quem possui dívidas com bancos. Aliás, é exatamente esse o tipo de pendência que tem quem está em atraso com os pagamentos do FIES.
Antes de mais nada, porém, é importante que você saiba que essa 1ª etapa do Desenrola Brasil tem como foco atender aqueles cuja renda seja de até R$ 20 mil, com dívidas registradas em bancos e instituições financeiras. A ideia do programa é possibilitar a renegociação de dívidas que não possuem muitas garantias, o que não é o caso do FIES. Afinal, o programa possui o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies).
Em outras palavras, significa dizer que as dívidas com o FIES não fazem parte do Desenrola Brasil. As informações, inclusive, são ressaltadas pelo Ministério da Fazenda:
“As dívidas do FIES não podem ser renegociadas no âmbito do Programa Desenrola, Faixa 1 e 2, conforme estabelecido na Medida Provisória (MP) 1.176, de 5 de junho de 2023, e na Portaria Normativa MF nº 634, de 27 de junho de 2023”.
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Nesse cenário, quem pode participar do Desenrola Brasil?
A saber, o Governo Federal dividiu o programa em duas etapas, sendo que, na primeira, os atendidos serão as pessoas que fazem parte da Faixa II. Diante disso, veja abaixo a quem o programa é voltado:
- Faixa I: inadimplentes com renda de até dois salários mínimos cujos débitos não ultrapassem R$ 5 mil;
- Faixa II: inadimplentes com renda de até R$ 20 mil e dívidas bancárias.
É importante mencionar ainda que pessoas com dívidas até R$ 100 terão o valor perdoado e o nome retirado dos sistemas de inadimplentes, como SPC e Serasa. Por fim, a Faixa I ainda contará com um aplicativo para a renegociação das dívidas, que estará disponível a partir de setembro desse ano.
Vale a pena aderir ao programa?
De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é sempre importante renegociar dívidas para evitar que os valores devidos cresçam mês a mês com as altas taxas de juros. Nesse sentido, quanto antes for possível renegociar e ficar com o nome limpo, melhor.
No entanto, como nesta etapa atual do Desenrola Brasil não há definido um teto para a taxa de juros das renegociações, os consumidores devem avaliar minuciosamente a oferta dos bancos para decidir se vale a pena aderir já. Nesse sentido, a dica é tentar negociar as melhores condições para pagar o que deve antes de setembro.
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