Nunca cultive estas plantas em casa: são proibidas no Brasil e geram multa!

Algumas plantas, por incrível que apreça, são estritamente proibidas de serem cultivadas em qualquer lugar do Brasil

Nem todas as plantas podem ser cultivadas livremente no Brasil, e essa restrição não ocorre por acaso. Diversas espécies representam riscos ambientais, toxicológicos ou até sociais, exigindo controle rigoroso por parte das autoridades.

Em muitos casos, essas plantas contêm substâncias psicotrópicas, venenosas ou de potencial invasivo, capazes de causar sérios danos à saúde humana, aos ecossistemas e até à segurança pública. A legislação brasileira, portanto, busca equilibrar a preservação ambiental com a proteção da população.

Por isso, determina quais espécies podem ou não ser mantidas em residências ou propriedades rurais. Compreender os motivos dessas proibições é essencial para evitar infrações e contribuir para o equilíbrio ecológico, já que o cultivo indevido dessas plantas pode gerar multas severas e consequências legais.

Se você quer cultivar plantas, escolha alguma que não seja estas.
Se você quer cultivar plantas, escolha alguma que não seja estas. / Fonte: Canva

6 plantas cujo cultivo é proibido no Brasil

O cultivo de determinadas plantas é estritamente proibido no país devido ao seu potencial de causar danos à saúde ou ao meio ambiente. Algumas espécies possuem substâncias que alteram o sistema nervoso, enquanto outras comprometem ecossistemas inteiros por se reproduzirem descontroladamente.

Além disso, há plantas associadas à produção de drogas ilegais, o que torna seu plantio crime previsto em lei. Conhecer essas espécies é fundamental para que o cidadão aja de forma responsável e evite problemas legais.

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Cannabis sativa

Conhecida popularmente como maconha, a Cannabis sativa é proibida no Brasil por conter o composto tetraidrocanabinol (THC), responsável por efeitos psicoativos. Apesar de haver estudos sobre seu uso medicinal, o cultivo sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é ilegal.

Papoula (Papaver somniferum)

A papoula é a principal matéria-prima para a produção de ópio e derivados, como morfina e heroína. Por esse motivo, seu cultivo é proibido pela legislação brasileira e controlado internacionalmente. Embora tenha uso farmacêutico, no Brasil o plantio sem autorização governamental constitui crime.

Coca (Erythroxylum coca)

A planta coca, originária dos Andes, contém alcaloides usados na fabricação de cocaína. Mesmo em pequenas quantidades, o cultivo da espécie é proibido, pois representa ameaça direta à saúde pública e está associada ao tráfico de drogas. O Brasil adota uma política de tolerância zero quanto à planta.

Datura stramonium (figueira-do-diabo)

A Datura stramonium, também conhecida como figueira-do-diabo, é extremamente tóxica. Todas as suas partes contêm alcaloides tropânicos, capazes de causar alucinações, convulsões e até parada respiratória. Por apresentar alto risco de intoxicação, o plantio é vetado pela legislação sanitária.

Salvia divinorum

A Salvia divinorum é uma planta originária do México, conhecida por seus efeitos alucinógenos. Seu princípio ativo, a salvinorina A, provoca alterações intensas na percepção e no comportamento. No Brasil, o cultivo, o comércio e o consumo dessa espécie são proibidos desde 2010, quando a Anvisa a proibiu.

Peyote (Lophophora williamsii)

O peyote é um cacto pequeno que contém mescalina, um alucinógeno natural. Embora utilizado em rituais indígenas em algumas culturas, o Brasil proíbe seu cultivo e consumo devido ao potencial psicoativo da substância. O uso recreativo é considerado crime.

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O que acontece se eu cultivar estas plantas?

Cultivar qualquer uma dessas plantas sem autorização legal pode gerar sérias consequências. A legislação brasileira enquadra o plantio de espécies proibidas como crime previsto na Lei nº 11.343/2006, conhecida como Lei de Drogas.

A pena para o cultivo ilegal varia conforme a intenção e a quantidade, podendo incluir reclusão de cinco a quinze anos, além de multa significativa. Mesmo em casos sem fins comerciais, o simples ato de manter essas plantas em casa é considerado ilícito e passível de sanção.

Além das penalidades criminais, há consequências administrativas. Órgãos ambientais, como o Ibama, e sanitários, como a Anvisa, aplicam multas que podem ultrapassar dezenas de milhares de reais. Essas punições buscam desestimular o cultivo e proteger tanto a saúde pública quanto a biodiversidade.

Por fim, é importante destacar que existem meios legais para estudar ou utilizar algumas dessas plantas em contextos científicos ou medicinais, mas apenas sob autorização expressa dos órgãos competentes. Qualquer tentativa de cultivar sem permissão configura infração grave.

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