CPF SUJO impede PIX? Banco Central dá a letra sobre o assunto
O Banco Central anunciou mudanças no Pix. Veja como a irregularidade do CPF pode afetar suas transações e o que fazer para evitar problemas.
Nos últimos dias, o Banco Central anunciou mudanças importantes nas regras do Pix, sistema de pagamento instantâneo que permite transferências de dinheiro em tempo real.
Em princípio, as alterações visam aumentar a segurança das transações, reduzindo o risco de fraudes e golpes. Um dos principais objetivos das novas medidas é garantir que o nome registrado na chave Pix corresponda exatamente ao nome do titular do CPF na Receita Federal.
Embora alguns boatos tenham circulado nas redes sociais, informando que pessoas com nome sujo ou com dívidas de impostos poderiam ter suas chaves Pix bloqueadas, o Banco Central desmentiu essa informação.
De acordo com a instituição, essas mudanças não afetam a maioria da população, e os usuários com CPF irregular por motivos fiscais ou cadastrais não serão prejudicados. A medida afeta apenas casos suspeitos de fraude, garantindo a integridade do sistema.

O que muda com as novas regras do Pix?
As alterações recentes buscam impedir que criminosos usem CPFs falsos para cadastrar chaves Pix. Isso torna as transações mais seguras, mas não afeta quem tem o CPF irregular por questões administrativas, como pendências fiscais ou problemas cadastrais.
Para quem tem o CPF irregular, a recomendação do Banco Central é regularizar a situação junto à Receita Federal para evitar complicações em outras operações financeiras.
Com isso, se o seu CPF estiver irregular, não será necessário se preocupar com o bloqueio da chave Pix, desde que o motivo da irregularidade não esteja relacionado a fraudes. O mais importante é que os dados cadastrais estejam corretos, para evitar problemas em transações financeiras.
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Como consultar a situação do meu CPF?
De acordo com o Banco Central, existem cerca de 173 milhões de usuários registrados no sistema Pix, sendo 15,6 milhões de empresas e 157,8 milhões de pessoas físicas.
O sistema indica que aproximadamente 8 milhões de chaves Pix apresentam problemas com o CPF do titular, sendo passíveis de suspensão. A maioria das irregularidades ocorre devido a erros de grafia nos nomes cadastrados.
Para consultar a situação do seu CPF, basta acessar o site da Receita Federal, onde é possível verificar se há alguma pendência.
Para isso, é necessário informar o número do CPF e a data de nascimento. O sistema vai indicar se há algum erro no cadastro ou pendência que precise ser resolvida.
Quem terá a chave Pix excluída com as novas regras?
O Banco Central detalhou que, no caso de pessoas físicas, as chaves Pix associadas ao CPF serão excluídas nas seguintes situações:
- 4,5 milhões de casos: Erros de grafia nos nomes cadastrados.
- 3,5 milhões de casos: Titulares falecidos.
- 30 mil casos: CPF com informações incorretas ou incompletas.
- 20 mil casos: CPF com situação irregular, como duplicidade ou cancelamento administrativo.
- 100 casos: Fraude ou erro grave no cadastro.
Já no caso das pessoas jurídicas, as chaves Pix associadas ao CNPJ serão excluídas nas seguintes situações:
- 984.981 empresas: CNPJ inapto, que não entregaram documentos fiscais e contábeis por dois anos consecutivos.
- 651.023 empresas: CNPJ baixado, de empresas oficialmente encerradas.
- 33.386 empresas: CNPJ suspenso, de empresas que descumpriram obrigações legais.
Ainda não foi informado o número de CNPJs nulos, ou seja, sem validade, que terão suas chaves Pix canceladas. No entanto, espera-se que a exclusão dessas chaves ocorra a partir de julho de 2025.
Como garantir a segurança no uso do Pix?
Com o aumento das fraudes relacionadas ao Pix, o Banco Central recomenda que os usuários adotem algumas medidas para garantir a segurança nas transações.
A primeira dica é confirmar sempre os dados do destinatário antes de concluir qualquer pagamento. Além disso, é fundamental ativar a autenticação em dois fatores nos aplicativos bancários e evitar clicar em links suspeitos recebidos por mensagens.
Outra recomendação importante é utilizar apenas os canais oficiais dos bancos e nunca compartilhar dados pessoais ou senhas em redes sociais ou aplicativos de mensagens, onde os golpistas frequentemente atuam.