Novo valor do consignado para aposentados do INSS: juros vão diminuir!

Aposentados e pensionistas do INSS devem ficar de olho, já que o Governo acaba de confirmar uma considerável redução na taxa de juros da modalidade.

Juros do consignado do INSS acabam de passar por uma grande redução! Na última semana, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou a diminuição na taxa máxima de juros para esta modalidade de crédito. A medida, é claro, foi comemorada por muitos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social. Afinal, com a redução dos juros, os segurados poderão economizar na operação.

Atualmente, o empréstimo consignado do INSS causa muita polêmica entre instituições bancárias e representantes do Governo Federal. Na perspectiva de muitos especialistas em finanças, essa modalidade de crédito é “problemática” por seu potencial de aumentar o nível de endividamento da população. Com isso em mente, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre a redução nos juros do consignado do INSS!

Tudo sobre a mudança nos juros para o consignado do INSS! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br
Tudo sobre a mudança nos juros para o consignado do INSS! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

O que é o empréstimo consignado do INSS? Como funciona?

Como o próprio nome já indica, o empréstimo consignado do INSS é uma modalidade de crédito que tem como público-alvo os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social.

De acordo com uma pesquisa recente do INSS, cerca de 17 milhões de aposentados e pensionistas da autarquia já possuem contratos de crédito consignado com instituições bancárias públicas e privadas.

No empréstimo consignado do INSS, as parcelas são descontadas na folha de pagamento dos beneficiários. Em outras palavras, quando um aposentado ou pensionista do INSS solicita a linha de crédito, os pagamentos incidem, de maneira direta, sobre o benefício em questão.

Como o pagamento das parcelas é garantido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, as instituições financeiras consideram a linha de crédito uma operação mais “segura”, com menos risco de inadimplência dos solicitantes. Desse modo, os juros são mais baixos, a aprovação é simplificada, e as condições de pagamento são mais atrativas.

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CNPS bate o martelo e reduz os juros do consignado do INSS

Em uma reunião realizada na última quinta-feira (17 de agosto), o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) confirmou a redução na taxa máxima de juros para os empréstimos consignados oferecidos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social.

Com a redução, o teto de juros passa de 1,97% para 1,91% ao mês. A taxa máxima também foi reduzida para a modalidade de empréstimo no cartão de crédito, caindo de 2,89% para 2,83%.

A decisão do Conselho Nacional de Previdência Social acontece 15 dias após o Banco Central confirmar uma redução de 0,5% para a Selic – a taxa básica de juros da economia. Após o reajuste, a taxa passou de 13,75% para 13,25% ao ano.

De acordo com Carlos Lupi, o ministro da Previdência Social, a redução na taxa máxima de juros para o consignado do INSS foi decidida em parceria com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Fazenda.

“A medida vai ao encontro da redução da taxa básica dos juros, feita recentemente pelo Banco Central, e teve 13 votos favoráveis e apenas um contrário”, disse Lupi.

O único voto contrário foi o de um representante da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Afinal de contas, a redução da taxa de juros, apesar de trazer ótimos benefícios para os aposentados e pensionistas, reduz o lucro das instituições bancárias.

Febraban critica medida do Governo

Em meio à redução da taxa máxima de juros para o consignado do INSS, a Febraban se manifestou contra a medida – o que não é uma surpresa, já que o papel da Federação é justamente defender os lucros dos bancos.

De acordo com a Febraban, o novo teto definido pelo Conselho da Previdência Social fica “abaixo dos custos” que parte das instituições bancárias têm para oferecer esse tipo de crédito.

No entanto, na nota oficial à imprensa, a Federação não cita quais são estes custos, e como eles se relacionam aos empréstimos e linhas de crédito para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social.

A entidade diz também que a redução foi realizada “sem diálogo” com os representantes dos bancos, e que a proposta só foi enviada às instituições bancárias no dia anterior à votação do CNPS.

“Caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo Conselho de Previdência”, disse a Febraban.

Em março deste ano, quando o CNPS decidiu baixar o teto de juros do empréstimo consignado de 2,15% para 1,70%, as instituições bancárias interromperam as concessões de crédito dizendo que a nova taxa tornaria “inviáveis” as operações financeiras.

Apesar das críticas, redução nos juros do consignado do INSS já era esperada

Como citamos anteriormente, a Febraban afirmou que a redução nos juros para o consignado do INSS foi definida sem debates com as instituições financeiras. No entanto, de acordo com especialistas em economia, a medida já era esperada.

“O CNPS entendeu que a queda da taxa básica de juros da economia abriu espaço no spread — diferença entre o custo de captação e de aplicação de recursos — que os bancos praticam, de modo que essas instituições podem agora reduzir também as taxas cobradas no crédito consignado, preservando a mesma rentabilidade”, disse Túlio Matos, fundador da empresa iCred.

Ainda na perspectiva do especialista, as instituições bancárias privadas devem ser as mais afetadas pela nova medida do Conselho.

“Apesar de o ministro informar que combinou a redução com a Fazenda, o BB e a CEF, o maior volume concedido ainda é das instituições privadas, que podem ter seus resultados comprometidos se a curva de juros não ceder como esperado”, completou Matos.

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Após a redução dos juros, vale a pena pedir o consignado do INSS?

Por fim, temos a dúvida mais importante dos aposentados e pensionistas brasileiros: após a redução da taxa de juros, vale a pena solicitar o empréstimo consignado do INSS?

Infelizmente, não podemos citar uma resposta sólida para esta pergunta! Afinal de contas, a perspectiva é diferente de acordo com a realidade financeira de cada solicitante.

No entanto, seja como for, especialistas recomendam que os aposentados e pensionistas tomem muito cuidado na hora de contratar qualquer produto financeiro – e o empréstimo consignado, é claro, não é exceção.

“Ao longo do ano, às vezes, acontece algo que não era esperado durante aquele período, e você não tem uma reserva de emergência, porque o benefício já vem descontado. Então, é muito importante saber que pagar juros nunca é bom”, diz Antônia Lessa, professora do Centro Universitário UniFBV Wyden.