Como parar de roer unha: 7 dicas e técnicas para acabar com o hábito
Saber como parar de roer unha é o objetivo de muitas pessoas que convivem com esse hábito, conhecido tecnicamente como onicofagia. Longe de ser apenas uma questão estética, o ato de levar os dedos à boca de forma repetitiva é um comportamento que pode trazer consequências para a saúde das unhas, da pele e dos dentes.
Frequentemente realizado de forma inconsciente, o hábito de roer unhas está, na maioria das vezes, associado a estados emocionais. Ele pode funcionar como uma válvula de escape para a ansiedade, uma resposta ao estresse ou uma distração em momentos de tédio, tornando-se um vício difícil de ser controlado.
A superação da onicofagia envolve uma abordagem multifacetada, que combina a conscientização sobre as causas do comportamento com a aplicação de técnicas práticas para interromper o ciclo. A adoção de novos hábitos e o cuidado com as unhas são parte fundamental do processo.
Para quem busca se livrar desse costume, existem estratégias eficazes que podem ser aplicadas no dia a dia.
Índice – Como parar de roer unha
- O que o hábito de roer unhas revela sobre sua mente e corpo
- Entenda as causas por trás do vício: ansiedade, estresse e tédio
- Conscientização: como registrar os momentos em que você rói as unhas
- Métodos de barreira: a técnica de usar esmaltes e curativos
- Substituição do hábito: o que fazer com as mãos para se distrair
- O papel da hidratação e da manicure: cuidar das unhas como incentivo
- Gatilhos: como identificar e evitar as situações que te fazem roer
- A técnica do elástico: um lembrete físico para parar de roer
- Relaxamento: como combater a ansiedade para ter o controle
O que o hábito de roer unhas revela sobre sua mente e corpo
O hábito de roer unhas é classificado como um “comportamento repetitivo focado no corpo”, uma categoria que também inclui ações como puxar os cabelos ou cutucar a pele. Esses comportamentos são geralmente uma forma de o corpo lidar com o estresse ou com emoções difíceis de processar.
Do ponto de vista físico, a onicofagia causa danos diretos. O ato de morder remove a camada de proteção natural das unhas, deixando os dedos e as cutículas lesionados. Esses pequenos ferimentos se tornam portas de entrada para bactérias e fungos, podendo levar a infecções dolorosas, como a paroníquia. A saúde bucal também é afetada, com o risco de desgaste do esmalte dos dentes e de lesões na gengiva.
Psicologicamente, o hábito pode revelar um estado de ansiedade, tédio ou uma busca por perfeccionismo, no qual a pessoa rói as unhas para “corrigir” pequenas imperfeições. Ele funciona como um mecanismo de autorregulação, uma forma de o corpo se acalmar ou se estimular em determinadas situações, ainda que de maneira prejudicial.
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Entenda as causas por trás do vício: ansiedade, estresse e tédio
A ansiedade e o estresse são os gatilhos mais comuns para o hábito de roer unhas. Em momentos de alta tensão, o ato de levar os dedos à boca e a sensação de morder podem proporcionar um alívio momentâneo, um foco físico para a tensão mental, o que acaba por reforçar o comportamento e transformá-lo em um vício.
O tédio e a falta de estímulos também são causas importantes. Em situações de inatividade, como ao assistir televisão ou durante uma aula monótona, o ato de roer as unhas pode funcionar como uma forma de o cérebro se manter ocupado e estimulado sensorialmente.
Outros fatores, como a genética, também podem ter um papel. Estudos indicam que a onicofagia é mais prevalente em pessoas cujos pais também possuem o hábito. Além disso, o perfeccionismo pode ser um gatilho, levando o indivíduo a morder as unhas na tentativa de alinhá-las ou remover pequenas peles, em um ciclo que nunca se completa.
Conscientização: como registrar os momentos em que você rói as unhas
O primeiro passo para modificar qualquer hábito que ocorre de forma automática é trazê-lo para o campo da consciência. Muitas pessoas que roem as unhas só percebem o que estão fazendo quando já estão com os dedos na boca, o que torna a interrupção do ato muito mais difícil.
Uma técnica eficaz para aumentar a conscientização é manter um pequeno diário ou utilizar um aplicativo de notas no celular. A proposta é que, toda vez que a pessoa se pegar roendo as unhas ou sentir a vontade de fazê-lo, ela anote o momento e o contexto em que isso ocorreu.
Nesse registro, é útil anotar a hora, o local e, principalmente, o que estava sentindo ou fazendo: “estava assistindo a um filme de suspense”, “estava entediado em uma reunião” ou “estava ansioso antes de uma prova”. Com o tempo, esse diário irá revelar os padrões e os gatilhos pessoais por trás do hábito.
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Métodos de barreira: a técnica de usar esmaltes e curativos
Os métodos de barreira são estratégias que criam um obstáculo físico ou sensorial para o ato de roer as unhas. Um dos mais conhecidos é o uso de esmaltes de gosto amargo, que são produtos específicos, vendidos em farmácias, para o tratamento da onicofagia.
Esses esmaltes são geralmente transparentes e contêm substâncias seguras, mas com um sabor extremamente desagradável. Ao levar o dedo à boca, o gosto ruim funciona como um reforço negativo imediato, quebrando o ciclo do hábito e lembrando a pessoa de seu objetivo de parar.
Outras barreiras físicas incluem o uso de curativos adesivos ou fitas microporosas sobre as unhas, que impedem o contato direto dos dentes com a unha. A aplicação de unhas postiças, seja de gel, acrílico ou do tipo autocolante, também funciona como uma barreira eficaz, além de servir como um incentivo financeiro, já que a pessoa não irá querer estragar o investimento.

Substituição do hábito: o que fazer com as mãos para se distrair
A substituição de um hábito é uma técnica comportamental poderosa. É mais fácil trocar um comportamento por outro do que simplesmente tentar eliminar um hábito sem colocar nada em seu lugar. A ideia é encontrar uma nova ação, inofensiva, para realizar nos momentos em que a vontade de roer as unhas aparece.
Para isso, é útil manter as mãos ocupadas. Ter por perto uma bola antiestresse, um anel giratório, um elástico ou até mesmo uma caneta para rabiscar pode ser o suficiente para canalizar a energia e a inquietação das mãos para outro objeto.
A substituição também pode ser oral. Mascar um chiclete sem açúcar, chupar uma bala de gengibre ou beber um copo de água são formas de satisfazer a necessidade de estímulo oral sem recorrer às unhas. O importante é que a nova atividade seja incompatível com o ato de roer.
O papel da hidratação e da manicure: cuidar das unhas como incentivo
Muitas vezes, o gatilho para o início de uma sessão de onicofagia é a percepção de uma pequena imperfeição, como uma ponta de unha quebrada ou uma pele levantada na cutícula. O cuidado constante com as unhas e as mãos é uma forma eficaz de eliminar esses gatilhos físicos.
Manter as unhas sempre bem cortadas e lixadas, sem deixar pontas ou “rebarbas”, diminui a tentação de “aparar” as imperfeições com os dentes. Da mesma forma, manter as cutículas bem hidratadas com cremes ou óleos específicos evita o ressecamento e o surgimento de peles soltas.
Além do aspecto prático, o ato de cuidar das unhas, seja em casa ou com uma manicure profissional, cria um incentivo psicológico positivo. Ao ver as unhas bem-feitas e saudáveis, a pessoa passa a ter um desejo de mantê-las assim, e essa motivação pode se sobrepor ao impulso de roê-las.
Gatilhos: como identificar e evitar as situações que te fazem roer
Após identificar seus gatilhos por meio do diário de conscientização, o próximo passo é criar estratégias para lidar com eles de forma proativa. Se você sabe que rói as unhas em situações de tédio, por exemplo, pode se preparar para elas.
Se uma reunião de trabalho longa costuma ser um gatilho, leve consigo uma caneta para fazer anotações ou uma pequena bola antiestresse para manter as mãos ocupadas. Se o gatilho é assistir a filmes, experimente segurar uma almofada ou fazer um lanche saudável durante a sessão.
O objetivo é antecipar a situação de risco e já ter um plano de ação para um comportamento alternativo. Com o tempo e a repetição, o cérebro começa a associar o gatilho ao novo hábito, e não mais ao ato de roer as unhas, enfraquecendo o ciclo do vício.
A técnica do elástico: um lembrete físico para parar de roer
A técnica do elástico é uma estratégia clássica da terapia cognitivo-comportamental, utilizada para a interrupção de hábitos indesejados. Ela funciona como um lembrete físico que ajuda a trazer o comportamento inconsciente para o campo da consciência.
O método consiste em usar um elástico de borracha solto no pulso. Toda vez que a pessoa sentir a vontade de roer as unhas ou se perceber já com os dedos na boca, ela deve puxar levemente o elástico e soltá-lo contra a pele.
O objetivo não é causar dor, mas sim criar um estímulo físico suave e imediato, que serve como um “despertar”. Essa pequena sensação desvia a atenção, interrompe o ato automático e lembra a pessoa de seu propósito de parar, ajudando a quebrar o padrão mental do hábito.
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Relaxamento: como combater a ansiedade para ter o controle
Como a ansiedade e o estresse são as principais causas da onicofagia, as estratégias de relaxamento são as ferramentas mais eficazes para tratar a raiz do problema a longo prazo. Reduzir o nível geral de ansiedade diminui a necessidade do corpo de recorrer a comportamentos de autorregulação.
A prática de técnicas de respiração profunda é uma das formas mais rápidas de acalmar o sistema nervoso em um momento de estresse. Inspirar lentamente pelo nariz, segurar o ar por alguns segundos e expirar lentamente pela boca pode reduzir a tensão imediatamente.
A incorporação de práticas como a meditação mindfulness, a ioga ou a atividade física regular na rotina também tem um efeito comprovado na redução dos níveis de ansiedade. Se a ansiedade for muito intensa e persistente, a busca por ajuda profissional de um psicólogo é o caminho mais recomendado.