Como doar sangue: saiba com quais tipos sanguíneos você é compatível
A doação de sangue é um ato de solidariedade que salva milhões de vidas ao redor do mundo. Todos os dias, pacientes em hospitais dependem de transfusões para se recuperar de cirurgias, tratamentos contra doenças crônicas e em situações de emergência. No Brasil, a doação é regulamentada por normas que garantem a segurança tanto do doador quanto do receptor, sendo um procedimento simples e rápido.
Além de ser um gesto altruísta, a doação de sangue tem requisitos específicos que envolvem tanto a saúde do doador quanto a compatibilidade sanguínea entre o doador e o receptor. Conhecer o tipo sanguíneo e o fator Rh é essencial para garantir que a transfusão seja feita de forma segura e eficaz, evitando reações adversas.
Compreender como funcionam os tipos sanguíneos e as combinações possíveis é essencial para os doadores. A compatibilidade sanguínea pode variar, o que implica a necessidade de atenção ao fator Rh e ao tipo de sangue específico de cada indivíduo. Essa informação é vital para que as transfusões de sangue sejam realizadas com sucesso, sem causar danos ao paciente.
Neste contexto, é importante destacar os diferentes tipos de sangue e o papel do fator Rh. O conhecimento sobre essas informações permite uma doação mais eficiente, garantindo que o sangue coletado seja utilizado corretamente. A doação de sangue não é apenas um ato de generosidade, mas também uma prática fundamental para a saúde pública, salvando vidas em diversas situações.

Índice – Doar sangue
Quais os tipos de sangue?
Os tipos de sangue são classificados conforme o sistema ABO e a presença ou ausência do fator Rh. Existem quatro tipos principais: A, B, AB e O. Cada tipo sanguíneo é determinado pelos antígenos presentes na superfície das hemácias, as células vermelhas do sangue. Esses antígenos são proteínas e carboidratos que desempenham um papel importante na determinação da compatibilidade sanguínea.
- Tipo A: Possui antígeno A nas hemácias e anticorpos anti-B no plasma.
- Tipo B: Contém antígeno B nas hemácias e anticorpos anti-A no plasma.
- Tipo AB: Apresenta ambos os antígenos A e B nas hemácias, mas não tem anticorpos contra A ou B no plasma.
- Tipo O: Não possui nem antígeno A nem B nas hemácias, mas tem anticorpos anti-A e anti-B no plasma.
Além do sistema ABO, os tipos sanguíneos também podem ser classificados pelo fator Rh, que pode ser positivo (Rh+) ou negativo (Rh-). O fator Rh é determinado pela presença ou ausência de uma proteína específica nas hemácias. Essa classificação é vital para garantir que o sangue doado seja compatível com o receptor e não cause reações adversas durante a transfusão.
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Quem pode doar sangue?
A doação de sangue é um ato simples, mas que requer cuidados e o cumprimento de alguns critérios de elegibilidade. Para garantir que a doação seja segura tanto para o doador quanto para o receptor, existem requisitos que devem ser seguidos:
- Idade: O doador deve ter entre 18 e 65 anos. Pessoas entre 16 e 17 anos também podem doar, desde que com autorização dos pais ou responsáveis.
- Peso: O peso mínimo para doar sangue é de 50 kg, pois o volume retirado deve ser compatível com a saúde do doador.
- Saúde: O doador não pode estar com doenças agudas, febre, gripe ou infecção. Também não é permitido doar sangue se o indivíduo estiver com doenças crônicas não controladas.
- Intervalo entre doações: Homens podem doar a cada 3 meses, enquanto mulheres devem esperar pelo menos 4 meses entre as doações. Isso se deve à reposição de sangue que as mulheres têm que fazer mensalmente devido à menstruação.
Além desses requisitos básicos, pessoas que realizaram tatuagens ou piercing devem esperar de 6 a 12 meses após o procedimento para garantir que não houve infecção e que a pessoa está apta para doar.
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O que é o fator Rh?
O fator Rh é uma proteína presente na superfície das hemácias de algumas pessoas. Ele é determinante para a classificação sanguínea, sendo considerado Rh+ (positivo) se a proteína estiver presente e Rh- (negativo) se a proteína não estiver. O fator Rh é um aspecto crucial na doação de sangue, pois afeta a compatibilidade entre doador e receptor.
Pessoas com Rh+ podem doar sangue para indivíduos também Rh+, mas não podem doar para pessoas com Rh-. Já os doadores Rh- podem oferecer sangue tanto para receptores Rh- quanto Rh+. Essa característica se torna especialmente importante em situações de transfusão, pois incompatibilidades podem gerar reações imunológicas adversas no receptor, o que pode ser fatal.

Tabela de compatibilidade para doação de sangue
A tabela de compatibilidade de tipos sanguíneos é essencial para garantir que a transfusão seja segura. Abaixo, segue uma explicação sobre como os tipos de sangue podem se combinar durante a doação:
Tipo sanguíneo do doador | Pode doar para | Pode receber de |
---|---|---|
A+ | A+, AB+ | A+, A-, O+, O- |
A- | A+, AB+, A-, AB- | A-, O- |
B+ | B+, AB+ | B+, B-, O+, O- |
B- | B+, AB+, B-, AB- | B-, O- |
AB+ | AB+ | Todos (A+, B+, AB+, O+) |
AB- | AB+, AB- | A-, B-, AB-, O- |
O+ | A+, B+, AB+, O+ | O+, O- |
O- | Todos | O- |
Os tipos O- e AB+ possuem uma importância especial: O- é o doador universal, ou seja, pode doar para qualquer tipo de sangue, enquanto AB+ é o receptor universal, podendo receber sangue de qualquer tipo. Esses dois casos são cruciais em situações de emergência, quando a compatibilidade precisa ser garantida rapidamente.
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Como doar sangue?
Doar sangue é um processo simples, que não leva muito tempo. Para realizar a doação, o indivíduo deve dirigir-se a um hemocentro ou posto de coleta autorizado. O processo envolve várias etapas:
- Cadastro e triagem: O doador preenche um formulário com informações sobre seu histórico de saúde e hábitos de vida. Em seguida, passa por uma triagem realizada por um médico ou enfermeiro.
- Coleta de sangue: O sangue é coletado de uma veia do braço. A doação geralmente dura entre 10 a 15 minutos.
- Pós-doação: Após a doação, o doador é orientado a descansar e consumir um lanche, pois a perda de uma quantidade de sangue pode gerar leve cansaço.
A doação de sangue é segura e não prejudica a saúde do doador. Após a coleta, o corpo repõe rapidamente a quantidade de sangue retirada, geralmente dentro de poucas semanas. O processo é rigorosamente controlado para evitar qualquer risco de contaminação para o doador.