Cólica não passa? Veja técnicas para amenizar a dor sem esforço

A cólica pode ser um dos maiores incômodos para quem menstrua todos os meses, mas há algumas técnicas que podem ajudar a amenizar a dor.

A cólica é um desconforto que afeta muitas pessoas, principalmente durante o período menstrual, podendo comprometer atividades diárias e qualidade de vida. Ela surge devido à contração do útero e ao aumento da produção de substâncias inflamatórias, gerando dor abdominal intensa ou contínua.

Embora seja comum, a intensidade e frequência variam, tornando algumas cólicas mais difíceis de suportar. Diferentes fatores, como alimentação, estresse e hábitos de vida, influenciam o quadro, enquanto tratamentos caseiros e médicos podem aliviar os sintomas.

Compreender a cólica é essencial para identificar quando a dor é passageira ou quando requer atenção profissional, garantindo cuidado adequado e evitando complicações. Por isso, conhecer técnicas eficazes de alívio e sinais de alerta é fundamental.

A cólica que não passa pode ser um problema. Veja como tratar.
A cólica que não passa pode ser um problema. Veja como tratar. / Conte: Canva

6 técnicas para amenizar as dores da cólica

Diversas estratégias podem ajudar a reduzir a intensidade da cólica, permitindo que a rotina não seja interrompida. É importante aplicar métodos que atuem diretamente na musculatura do útero, na circulação sanguínea e no equilíbrio hormonal.

Veja mais: Envelhecimento saudável: é possível?

Aplicação de calor

O calor localizado, seja por bolsa térmica, manta ou banho quente, relaxa os músculos do útero e melhora a circulação sanguínea na região abdominal. Esse efeito reduz a tensão muscular e diminui a percepção da dor, sendo uma técnica simples e eficiente.

A aplicação deve durar de 15 a 20 minutos, podendo ser repetida várias vezes ao dia, sempre com atenção à temperatura para evitar queimaduras. O calor também promove sensação de conforto geral, aliviando incômodos associados à cólica, como fadiga e irritabilidade.

Massagem abdominal

Realizar massagens suaves na região do abdômen contribui para relaxar a musculatura e estimular a circulação local. Movimentos circulares e leves podem diminuir a intensidade da dor, principalmente quando associados ao uso de óleos ou cremes calmantes.

A técnica permite que a pessoa mantenha controle sobre a pressão aplicada, ajustando conforme o nível de desconforto. Além disso, a massagem promove bem-estar geral e ajuda a reduzir a tensão corporal provocada pela cólica intensa.

Exercícios leves

Praticar atividades físicas moderadas, como alongamentos, yoga ou caminhada, estimula a liberação de endorfinas, hormônios que funcionam como analgésicos naturais. O movimento melhora a circulação sanguínea e ajuda a relaxar a musculatura abdominal, contribuindo para o alívio da cólica.

Exercícios específicos para o abdômen e a região lombar fortalecem os músculos e podem reduzir a intensidade das dores nos ciclos seguintes. Manter uma rotina regular de exercícios também ajuda a prevenir o surgimento de cólicas mais intensas.

Alimentação equilibrada

Manter uma dieta rica em frutas, verduras, fibras e alimentos anti-inflamatórios pode reduzir a intensidade da cólica. Evitar excesso de sal, açúcar e bebidas alcoólicas também ajuda, já que esses fatores aumentam a retenção de líquidos e a inflamação.

Beber bastante água favorece a circulação e a eliminação de toxinas, colaborando para a diminuição do desconforto. Pequenas mudanças alimentares ao longo do ciclo menstrual podem gerar efeito significativo no controle da dor e na melhora geral do bem-estar.

Uso de fitoterápicos

Chás de camomila, gengibre, erva-doce ou hortelã apresentam efeito calmante e anti-inflamatório, auxiliando no alívio da cólica. O consumo deve ser regular durante o período de dor, sempre respeitando orientações médicas ou farmacêuticas para evitar interações com outros medicamentos.

Medicamentos analgésicos

Quando as técnicas naturais não oferecem alívio suficiente, o uso de analgésicos ou anti-inflamatórios, indicados por um profissional de saúde, pode ser necessário. O medicamento atua diretamente nos processos inflamatórios e nas contrações uterinas, diminuindo rapidamente a dor.

É essencial seguir a dosagem correta e o tempo de uso recomendado, evitando efeitos adversos ou dependência. Combinar medicação com métodos naturais potencializa os resultados e garante maior conforto durante a cólica.

Veja mais: Conheça todos os documentos digitais do governo que você pode ter no celular

Cólica que não passa pode ser sinal de alerta

Nem toda cólica é normal, e dores persistentes ou muito intensas exigem atenção médica. Uma condição que deve ser investigada é a endometriose, doença em que o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, causando dor crônica, alterações menstruais e possíveis dificuldades para engravidar.

Identificar a endometriose precocemente facilita o tratamento e reduz o risco de complicações futuras, sendo essencial não ignorar sinais de alerta. Além da intensidade da dor, outros sintomas indicam a necessidade de avaliação profissional, como:

  • sangramentos irregulares;
  • dor durante relações sexuais;
  • alterações intestinais e urinárias associadas ao período menstrual.

Exames clínicos, ultrassonografia ou ressonância magnética ajudam no diagnóstico preciso, permitindo que o tratamento seja iniciado de forma adequada. Consultar um ginecologista ou especialista em saúde da mulher é fundamental para investigar a causa da cólica e definir estratégias eficazes de manejo.

Mesmo quando a cólica é recorrente, registrar os sintomas, suas características e a duração ajuda o médico a identificar padrões e causas possíveis. Esse acompanhamento detalhado permite que o tratamento seja personalizado.

Saiba mais: O que acontece no corpo quando estalamos os dedos