Cientista de Oxford aponta riscos da IA para a humanidade

A cada dia, vemos a inteligência artificial (IA) avançando e se tornando parte de nosso cotidiano. No entanto, esse crescimento provoca muitos debates sobre os potenciais riscos associados ao uso dessas tecnologias. Enquanto muitos destacam os benefícios, há quem esteja preocupado com o lado negativo desse avanço.

Entre esses críticos está Michael Cohen, um estudante de doutorado da Universidade de Oxford. Em uma conversa com o portal The Telegraph, ele alertou sobre um cenário alarmante: a possibilidade de criarmos uma IA “sobre-humana”, capaz de tomar decisões de forma autônoma. E esse desenvolvimento, segundo ele, poderia, em última instância, ameaçar a própria sobrevivência da humanidade.

Cohen explica que, se uma máquina alcança um nível de inteligência muito superior ao humano, ela pode buscar apenas seu próprio controle, sem considerar as necessidades e prioridades dos seres humanos. Essa ideia é preocupante, pois as máquinas poderiam se concentrar em garantir sua própria supremacia, negligenciando a nossa.

Alerta sobre as IAs preocupa outros cientistas

Ele não está sozinho em suas preocupações. Uma pesquisa recente mostra que cerca de 36% dos cientistas expressam temores semelhantes, acreditando que uma inteligência artificial superinteligente poderia levar a um verdadeiro apocalipse. Michael Osborne, também da Universidade de Oxford e especialista em aprendizado de máquina, é uma das vozes que ecoam esse tipo de preocupação.

Osborne menciona o que ele chama de "corrida armamentista de IA", sugerindo que a pressa em desenvolver tecnologias cada vez mais avançadas está colocando a segurança de todos em risco. Para ele, o desenvolvimento de máquinas com consciência poderia trazer consequências sombrias e imprevisíveis para a sociedade.

Essas reflexões trazem à tona um debate fundamental sobre como equilibrar a inovação tecnológica com a responsabilidade. Afinal, à medida que a tecnologia avança, é essencial que tenhamos uma discussão consciente sobre seus limites e implicações.