cidades brasileiras com calor extremo e sua habitabilidade
Nos últimos dias, com o frio dominando várias partes do Brasil, muitos já começam a pensar no verão. É interessante notar que essa preocupação não é só uma impressão passageira. Um estudo recente da organização de monitoramento meteorológico Climate Central, dos EUA, trouxe dados que mostram que as temperaturas estão cada vez mais elevadas em nossa estação mais quente do ano.
Entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, foi constatado que cerca de 93% da população brasileira sentiu os efeitos do calor intenso. Essa situação é reflexo das ondas de calor e das mudanças climáticas, que estão se tornando cada vez mais visíveis.
Para entender melhor a situação, a Climate Central investigou 678 cidades localizadas em 175 países, incluindo 15 no Brasil, onde as temperaturas tiveram variações significativas. Confira algumas cidades que mais se destacaram nesse levantamento:
- Vila Velha (ES): aumento de 1,15°C
- Goiânia (GO): aumento de 0,99°C
- Campinas (SP): aumento de 0,93°C
- Recife (PE): aumento de 0,90°C
- Salvador (BA): aumento de 0,84°C
- Maceió (AL): aumento de 0,77°C
E não para por aí; também estão na lista:
- Manaus (AM): 0,70°C
- Belém (PA): 0,63°C
- Curitiba (PR): 0,60°C
- Brasília (DF): 0,59°C
- Guarulhos (SP): 0,56°C
- São Paulo (SP): 0,54°C
- Rio de Janeiro (RJ): 0,47°C
- Porto Alegre (RS): 0,46°C
- São Gonçalo (RJ): 0,17°C
Estima-se que, se as mudanças climáticas continuarem a se agravar, podemos esperar ver temperaturas ainda maiores, especialmente nas cidades que foram citadas.
Calor excessivo também foi observado em outros países
Voltando ao tema, a Climate Central também examinou mais de 600 cidades ao redor do mundo. O que ficou claro é que o aumento de temperatura não é uma exclusividade do Brasil.
A Bósnia, por exemplo, registrou um aumento alarmante de 4,09°C, liderando o ranking mundial. Em seguida, outros países como Romênia e Sérvia também mostraram aumentos significativos, de 3,97°C.
Os especialistas apontam que as altas concentrações de dióxido de carbono (CO²), que é o principal gás do efeito estufa, estão entre os fatores que mais contribuem para o aumento das temperaturas. Isso reforça a importância de ações imediatas para combater essas mudanças.