Cidade subterrânea: sim, é POSSÍVEL viver debaixo da TERRA!

Vista do céu, Coober Pedy parece uma constelação de casas perdidas no deserto. Construções banais repousando aqui e ali em vastas extensões de terra perfuradas por buracos bizarros. No entanto, mais de 2.500 indivíduos, ou 80% da população desta cidade habitam em instalações subterrâneas.

Todos são bem-vindos a esta vila do sul da Austrália localizada a 1600 km da capital, localizada no Outback, região onde quase não há chuvas durante todo o ano e onde faz muito calor. O desenvolvimento urbano subterrâneo está em ascensão e Coober Pedy é precursora nesta solução.

O desenvolvimento urbano subterrâneo está se tornando cada vez mais importante

Na verdade, esta aglomeração atípica existe há mais de 100 anos e até se tornou ao longo do tempo uma atração turística essencial e um exemplo perfeito de como o homem pode se adaptar ao seu ambiente . Além disso, para conciliar a busca pelo conforto e as condições bioclimáticas, você estaria disposto a se instalar vários metros abaixo do solo? Muita gente não se importa.

Por volta de meados da década de 1910, começaram as primeiras instalações neste lugar onde não é tão bom viver, pois é um local particularmente árido. Na época, garimpeiros exploravam o subsolo da região em busca de opala. Também devido ao alto calor que atinge a região, principalmente no verão, esses garimpeiros descobriram que se esconder na sombra torna o ambiente mais suportável e, justamente, a temperatura subterrânea parece ser mais fria e constante.

A iniciativa mais tarde atraiu moradores locais que se juntaram, criando residências subterrâneas mais amigáveis ​​e confortáveis ​​em Coober Pedy. E com o passar dos anos, a mineração de opala teve seu dia, as minas tornaram-se alojamentos, livrarias, bares, pousadas e até uma igreja. Os antigos poços das minas evoluíram naturalmente para dutos de ventilação.

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Coober Pedy não está sozinha

O único problema de Coober Pedy era a dificuldade de abastecimento de água, por causa do clima seco. Mas a presença de uma bacia artesiana localizada a cerca de 24 km da cidade, mudou a situação. Depois de alguns ajustes fundamentais, todas as casas da cidade têm bom acesso à água, eletricidade e até internet.

Pode ser uma surpresa, mas existem outras cidades assim. Ao menos parcialmente. Helsinque é amplamente considerada a líder mundial quando se trata de construção subterrânea. A capital da Finlândia abriga apenas 650.000 pessoas e, portanto, não está sob tanta pressão em termos de densidade populacional em sua área urbana em comparação com cidades como Manila, Paris, Cingapura ou Sydney.

Mas Helsinque está crescendo – e decidiu que quer crescer para baixo, não para cima ou para fora. É por isso que, em 2016, tornou-se a primeira cidade do mundo a publicar um Plano de Cidade Subterrâneo específico que apresentava propostas para um desenvolvimento integrado.

Em conclusão, ele incluiria lojas, escritórios e instalações recreativas, além de transporte, estacionamento, água e fornecimento de energia e gestão de resíduos. O plano diretor subterrâneo permite o controle sobre a localização de novas instalações subterrâneas significativas e túneis de tráfego e suas interconexões.

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