Carros que mais desvalorizam no Brasil: lista atualizada de 2025
A análise dos carros que mais desvalorizam é um dos fatores mais importantes para quem planeja a compra de um veículo novo, mas que muitas vezes é negligenciado. Esse fenômeno, conhecido como depreciação, representa um dos maiores custos “invisíveis” na posse de um automóvel.
A perda de valor do veículo se inicia no exato momento em que ele sai da concessionária e continua ao longo de toda a sua vida útil. A intensidade dessa desvalorização, no entanto, varia drasticamente entre os diferentes modelos, marcas e tecnologias disponíveis no mercado.
Um carro com alta taxa de desvalorização representa uma perda financeira maior para o proprietário no momento da revenda. Escolher um modelo que “segura” mais o seu valor, por outro lado, pode significar uma economia de milhares de reais ao final de alguns anos de uso.
Compreender os fatores que aceleram essa perda de valor e conhecer quais são os modelos mais e menos valorizados do mercado é, portanto, uma informação estratégica.
Índice – Carros que mais desvalorizam no Brasil
- O que é desvalorização e por que é um fator crucial na compra de um carro
- Os principais fatores que causam a alta desvalorização de um veículo
- Carros elétricos e híbridos: por que eles lideram a lista de desvalorização em 2025
- A lista de carros que mais perdem valor em 2025 (de SUV a sedãs)
- Carros que seguram o valor: os modelos com menor desvalorização no Brasil
- Como proteger o valor do seu carro: manutenção e conservação
- Realidade da Tabela Fipe e como ela reflete a desvalorização
O que é desvalorização e por que é um fator crucial na compra de um carro
A desvalorização, ou depreciação, é o processo natural de perda de valor de um bem com o passar do tempo, devido ao uso, ao desgaste e à obsolescência. No mercado automotivo, esse fenômeno é particularmente acentuado, sendo um dos principais componentes do custo total de propriedade de um veículo.
A maior parte da desvalorização de um carro ocorre em seus primeiros anos de vida. Ao sair da concessionária, um veículo zero-quilômetro já sofre uma perda de valor imediata. Essa desvalorização continua de forma mais intensa nos primeiros três anos, período após o qual o ritmo de perda de valor tende a se estabilizar.
A importância de analisar esse fator antes da compra é puramente financeira. Um carro que desvaloriza muito representará uma perda de capital maior para o proprietário quando ele decidir vender ou trocar o veículo. Por outro lado, um modelo com baixa desvalorização preserva melhor o investimento inicial e garante um melhor valor de revenda.
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Os principais fatores que causam a alta desvalorização de um veículo
A velocidade com que um carro perde valor é influenciada por uma complexa combinação de fatores de mercado, de produto e de marca. Um dos principais é a reputação da montadora em termos de confiabilidade, custo de manutenção e qualidade do serviço de pós-venda. Marcas com boa fama tendem a ter modelos mais valorizados no mercado de usados.
A relação entre oferta e demanda também é um fator determinante. Veículos com alto volume de vendas e grande procura no mercado de seminovos, como os SUVs compactos mais populares, tendem a desvalorizar menos. Modelos de nicho, com poucas vendas ou que saem de linha, costumam sofrer uma desvalorização mais acentuada.
Outros fatores que aceleram a perda de valor incluem o alto consumo de combustível, o custo elevado do seguro e das peças de reposição, e a percepção do mercado sobre a tecnologia embarcada no veículo, especialmente em um cenário de rápidas mudanças, como o da eletrificação.
Carros elétricos e híbridos: por que eles lideram a lista de desvalorização em 2025
Uma tendência observada no mercado brasileiro em 2025 é que os veículos elétricos e híbridos figuram entre os que mais perdem valor no primeiro ano de uso. Embora representem o futuro da mobilidade, essa nova tecnologia ainda enfrenta a desconfiança de parte dos consumidores no mercado de seminovos.
A principal razão para essa alta desvalorização é a incerteza sobre a durabilidade e o custo de substituição das baterias, que são o componente mais caro desses veículos. A rápida evolução da tecnologia também contribui para a obsolescência dos modelos mais antigos, diminuindo seu valor de revenda.
Além disso, a infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento e a carência de mão de obra especializada para a manutenção desses veículos fora das grandes capitais são fatores que geram insegurança no comprador de um modelo usado. A expectativa é de que, com a maturação do mercado, essas taxas de desvalorização tendam a diminuir.
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A lista de carros que mais perdem valor em 2025 (de SUV a sedãs)
Com base em análises de mercado que comparam o preço de um veículo zero-quilômetro com seu valor na Tabela Fipe (veiculos.fipe.org.br) após um ano, é possível identificar os modelos com as maiores taxas de desvalorização. Em 2025, a lista é dominada por modelos importados e eletrificados.
O modelo com a maior perda de valor registrada foi o JAC E-JS4, um SUV elétrico que chegou a perder 37,5% de seu valor em apenas um ano. Outros modelos da mesma marca, como o sedã E-JS7 (32,6%) e o subcompacto e-JS1 (21,2%), também figuram entre os que mais desvalorizam.
A lista inclui ainda modelos híbridos de marcas consolidadas, como o Renault Kwid E-Tech (25,9%), o Honda CR-V Advanced Hybrid (22,4%) e o Caoa Chery Tiggo 8 PHEV (21%). Até mesmo SUVs a combustão de grande volume, como o Jeep Commander Overland, apresentam uma taxa de desvalorização considerada alta, de 19%.

Carros que seguram o valor: os modelos com menor desvalorização no Brasil
Na outra ponta da tabela, encontram-se os veículos que melhor preservam seu valor de revenda. Geralmente, são modelos de grande volume de vendas, com boa reputação de mercado e custos de manutenção considerados razoáveis.
Entre os veículos mais vendidos do Brasil, o modelo que apresentou a menor taxa de desvalorização em 2025 foi o Volkswagen T-Cross. O SUV compacto registrou uma perda de valor de apenas 9,6% em seu primeiro ano de uso.
Outros modelos que se destacam pela baixa desvalorização incluem o Honda HR-V, com uma perda de 10,2%, e o Volkswagen Polo, com 10,7%. Modelos como o Hyundai Creta (15,2%) e o Fiat Argo (16,3%) também apresentam um desempenho melhor do que a média do mercado.
Como proteger o valor do seu carro: manutenção e conservação
Embora a desvalorização seja um processo inevitável, o proprietário pode adotar uma série de cuidados para mitigar a perda de valor de seu veículo e garantir um melhor preço na hora da revenda.
A principal medida é a realização rigorosa de todas as manutenções preventivas recomendadas pelo fabricante, dentro dos prazos estipulados. Manter o histórico de revisões carimbado no manual do proprietário é a principal prova de que o veículo foi bem-cuidado, o que é muito valorizado no mercado de usados.
A conservação estética também é fundamental. Manter a pintura protegida, o interior limpo e os acabamentos em bom estado contribui para a percepção de valor do carro. Além disso, manter a originalidade do veículo, evitando modificações extensas, e reparar pequenos amassados e arranhões antes da venda também ajuda a preservar seu valor.
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Realidade da Tabela Fipe e como ela reflete a desvalorização
A Tabela Fipe, elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, é a principal referência de preços médios de veículos no mercado nacional. É com base nela que são calculadas as taxas de desvalorização.
É importante compreender que o valor expresso na Tabela Fipe é uma média, e não um preço fixo. Ela é calculada com base em uma amostra de preços de veículos anunciados em todo o país, desconsiderando os valores de carros muito abaixo ou muito acima da média.
O preço real de venda de um veículo pode variar em relação à Tabela Fipe, para mais ou para menos. Fatores como o estado de conservação, a quilometragem, a cor, os opcionais e a região do país influenciam na negociação. No entanto, a Fipe continua a ser o principal balizador para o mercado e para as seguradoras.