Carnaval 2024 pode ser CANCELADO por causa de substância que prejudica o meio ambiente?
O Carnaval de 2024 corre o risco de ser cancelado devido a uma ameaça ambiental iminente. Saiba mais sobre os desafios enfrentados pela festa.
O Carnaval é uma das festas mais esperadas do ano no Brasil, mas o uso excessivo de glitter pode estar ameaçando sua realização em 2024.
A seguir, vamos explorar os efeitos ambientais do glitter em cinco tópicos, mostrando como essas pequenas partículas brilhosas estão afetando a natureza e levantando questões sobre a sustentabilidade da festa mais famosa do país.
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Entenda os efeitos ambientais de usar glitter no Carnaval 2024
Nas linhas abaixo, entenda os impactos ambientais do uso do glitter em 5 tópicos:
1. Glitter é microplástico
O que muitos foliões talvez não saibam é que o glitter é um tipo de microplástico. Dessa forma, significa que suas partículas têm 5 milímetros de tamanho ou menos.
Em suma, essas partículas, feitas de materiais como tereftalato de polietileno (PET) ou cloreto de polivinila (PVC), são extremamente prejudiciais ao meio ambiente.
Estudos recentes estimam que mais de 8 milhões de toneladas métricas de purpurina foram lançadas no oceano nos últimos anos, causando danos significativos à vida marinha e aos ecossistemas.
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2. Prejudicial à vida marinha
As partículas de glitter são frequentemente confundidas com comida pela vida marinha, o que pode levar a graves problemas de saúde para os animais marinhos.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que o glitter pode dificultar o crescimento de organismos na base dos ecossistemas aquáticos, como as cianobactérias.
Além disso, estudos indicam que o glitter pode afetar negativamente o desenvolvimento embrionário de ouriços-do-mar e mexilhões.
3. Evita a reciclagem
O brilho do glitter pode comprometer a reciclagem de produtos, como papel de embrulho, tornando-os não recicláveis.
Isso levou alguns conselhos municipais no Reino Unido a emitirem orientações para que os cidadãos evitem colocar cartões de Natal brilhantes ou papéis de embrulho com glitter nas sacolas de reciclagem.
Ademais, a contaminação da carga reciclável pode resultar na recusa da coleta de reciclagem.
4. Banido pela União Europeia
A União Europeia tomou medidas para combater a poluição causada por microplásticos, incluindo a proibição da venda de glitter plástico solto a partir de outubro de 2023, a menos que seja biodegradável, solúvel ou degradado de alguma outra forma.
No entanto, produtos que contenham glitter e estejam contidos por meios técnicos ou formem filmes sólidos não foram afetados por essa proibição.
5. Versão “biodegradável” pode ser prejudicial no Carnaval 2024
O glitter “biodegradável” também apresenta problemas ambientais.
Por fim, estudos mostraram que mesmo as versões supostamente ecológicas desse brilho podem causar efeitos negativos em corpos d’água, como a diminuição da abundância de plantas e algas microscópicas.
Além disso, a presença de caramujos não nativos aumentou nas áreas onde o glitter “biodegradável” foi testado, o que pode perturbar a cadeia alimentar e a saúde dos ecossistemas aquáticos.
Vai usar glitter no Carnaval 2024?
Em resumo, enquanto o glitter pode ser uma parte divertida da festa de Carnaval, seus impactos ambientais estão levantando preocupações sérias sobre sua utilização em larga escala.
Conforme cresce a conscientização sobre os efeitos negativos do glitter no meio ambiente, é possível que medidas mais rigorosas sejam tomadas para regulamentar ou até mesmo proibir sua utilização, o que poderia afetar diretamente a realização do Carnaval em 2024.
Portanto, é importante repensar o uso do glitter e buscar alternativas mais sustentáveis para manter viva a tradição carnavalesca.
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