Camilo propõe regulação digital para proteger jovens usuários
O ministro da Educação, Camilo Santana, fez um chamado importante nesta quarta-feira (13) para que o Congresso Nacional regule o funcionamento das redes sociais no Brasil, especialmente aquelas acessadas por crianças e adolescentes. A preocupação central é com a segurança desses jovens em um ambiente digital que pode ser muito arriscado.
Ele destacou a necessidade de ter uma regulamentação clara e forte em relação à responsabilidade das plataformas digitais. “É fundamental que essas redes enfrentem questões que vão desde a violência e o uso de armas até crimes que ameaçam a democracia,” afirmou. Essa regulamentação é vista como um passo essencial para proteger as nossas crianças e adolescentes.
Camilo comentou sobre um vídeo do youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, que aborda a chamada ‘adultização’ de crianças. O conteúdo também alerta sobre influenciadores digitais que expõem sexualmente menores na internet, um tema que vem ganhando espaço e discussão na sociedade.
Responsabilidade Familiar
Além da regulação das plataformas, o ministro enfatizou a importância da participação ativa dos pais. Ele recomenda que os responsáveis monitorizem o uso das redes sociais por seus filhos e estabeleçam limites. Isso significa não permitir o acesso a determinadas ferramentas digitais antes da idade adequada. “É fundamental que os pais estejam atentos e restrinjam o acesso dos filhos, especialmente em idades muito novas,” explicou.
Ele citou que, embora muitos adolescentes estejam criando perfis em redes sociais a partir dos 8 anos, estudos sugerem que o ideal seria permitir esse acesso apenas após os 13 anos. Outros levantamentos até indicam que uma idade mais segura seria 16 anos. Camilo ainda alertou sobre a importância de controlar o tempo que crianças e adolescentes passam em frente às telas, seja no celular, computador ou TV.
Restrição do Uso de Celulares em Escolas
Durante a entrevista, Camilo também falou sobre a restrição do uso de celulares nas escolas, que começará a valer em 2025. Essa decisão se baseia na preocupação com os impactos negativos que o uso excessivo de telas pode ter na saúde mental dos estudantes. O ministro mencionou que isso pode causar problemas como ansiedade e déficit de atenção, dificultando a aprendizagem e até mesmo a socialização entre os alunos.
Ele esclareceu que essa regra não visa proibir o uso de dispositivos, mas sim restringi-lo a fins pedagógicos e sempre sob a supervisão de um professor. Isso permitirá que os alunos aproveitem a tecnologia de maneira mais consciente e segura durante o aprendizado.
Essas discussões trazem à tona a necessidade de um agir conjunto entre governo, sociedade e famílias para criar um ambiente online mais seguro e saudável para nossas crianças e adolescentes.