Café deve ter queda de preço em 2025
O preço do café no Brasil, que subiu bastante nos últimos tempos, pode dar uma ligeira recuada ainda este ano. Essa possibilidade foi apontada pelo Itaú BBA, que acredita em uma redução dos preços no cenário nacional.
Vale lembrar que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o café teve um aumento acumulado de 80,2% nos últimos 12 meses. Isso deixou os consumidores brasileiros em alerta, já que o café se tornou um dos itens mais caros da cesta básica.
Uma das principais razões para essa expectativa de queda nos preços é o aumento na oferta de café robusta nos próximos anos. Para a safra de 2025/26, a previsão é de uma colheita melhor, impulsionada por condições climáticas favoráveis e investimentos na produção.
Expectativas para a safra 2025/26
O café robusta é uma grande esperança para amenizar os preços. Enquanto isso, a produção de café arábica deve apresentar uma queda. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a safra de café arábica em 2025/26 será menor devido à bienalidade negativa, que reduz a produção em ciclos alternados.
No Espírito Santo, o principal estado produtor de café conilon, a expectativa é de um aumento de 20,1% na colheita, resultado de boas condições climáticas. Esse aumento é crucial para estabilizar o mercado e potencialmente ajudar a baixar os preços.
Oscilações do mercado cafeeiro
Apesar dessa visão positiva com a expectativa de aumento na oferta, o mercado cafeeiro mantém sua volatilidade. As flutuações cambiais trazem desafios, especialmente pelas tarifas comerciais que podem ser aplicadas por grandes importadores, como os Estados Unidos.
Mesmo sendo um grande produtor mundial, o Brasil está sujeito a mudanças nos valores das commodities e a desafios climáticos, como a seca e pragas. Esses fatores podem influenciar tanto os preços que os consumidores pagam quanto o que os produtores recebem.
Comportamento do consumidor
Com os preços altos nos últimos anos, muitos consumidores começaram a explorar alternativas mais em conta. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indica uma queda de 15,9% no consumo neste ano. Se os preços realmente caírem, é provável que marcas e varejistas mudem suas estratégias para reconquistar esse público.
Ideias inovadoras, como blends diferenciados e novas formas de apresentação dos produtos, podem dar um novo ânimo ao setor, ajudando a atender as expectativas de consumidores que, anteriormente, optaram por opções mais baratas.
