Cadillac forma equipe de F1 com inspiração na NASA

A Cadillac está intensamente se preparando para entrar na Fórmula 1 em 2026. Com um cronograma apertado, a equipe tem trabalhado nos planos para projetar, construir e testar seu carro de F1 antes da corrida inaugural na Austrália. A confirmação do ingresso na categoria foi recebida há pouco mais de 11 meses, após a primeira solicitação ter sido recusada.

Essa entrada é significativa, pois representa a primeira equipe focada principalmente nos Estados Unidos, com a sede em Fishers, na cidade de Indianápolis. As instalações desenvolverão a operação, enquanto atividades importantes já estão em andamento perante o Circuito de Silverstone, no Reino Unido.

Atualmente, uma equipe composta por cerca de 600 funcionários está envolvida no projeto dos primeiros carros de F1 da Cadillac. O processo começou com um pequeno grupo de três pessoas, incluindo Graeme Lowdon, ex-chefe da Marussia, que atualmente dirige a nova equipe. Ele explicou que o tempo se torna um fator crucial, com a equipe tendo apenas 250 dias até a primeira corrida e já preenchendo aproximadamente 67% das vagas necessárias.

As operações em Silverstone são essenciais para a formação da equipe, mas a ênfase a longo prazo está em Fishers, onde a Cadillac planeja construir seus carros. Lowdon descreveu as instalações em Silverstone, ressaltando que serão gradualmente reduzidas para três prédios principais, que incluem um centro técnico, um centro de produção e um centro de logística.

A produção dos carros será feita em Fishers, junto com a ajuda de vários fornecedores terceirizados. Na última semana, a equipe contratou 30 novos fornecedores, um passo necessário para apoiar a fabricação. Na área de tecnologia da informação, já foram emitidos 425 laptops e mais de 6.000 pedidos de compra foram feitos, demonstrando a magnitude da implementação de uma nova estrutura.

A Cadillac também receberá o motor produzido pela General Motors em suas instalações em Michigan e Charlotte. Lowdon comentou sobre a complexidade em gerenciar as diferentes facetas dessa operação, utilizando uma estrutura de gerenciamento inspirada no modelo de missões da NASA.

Ele expressou confiança de que, ao centralizar a operação nos Estados Unidos, a Cadillac poderá ter uma vantagem competitiva na Fórmula 1. A equipe já está atraindo talentos da tradicional área de automobilismo no Reino Unido e também buscando profissionais nos Estados Unidos, onde a popularidade da Fórmula 1 está crescendo.

Lowdon acredita que a Cadillac, ao ser apoiada pela GM e por investidores com experiência em esportes, tem o potencial de trazer novas perspectivas para a categoria, mesmo com desafios relacionados ao mercado europeu. Questionado sobre a contratação de pilotos, ele se mostrou reservado, mencionando que ainda está em fase de análise, mas com a intenção de optar por pilotos com experiência.

Embora muito trabalho ainda precise ser feito, a equipe da Cadillac está determinada a mostrar seu valor e fazer história na Fórmula 1, buscando um desempenho sólido desde sua estreia na temporada de 2026.