Brasil gera 166,6 mil empregos formais em junho de 2025

O mercado de trabalho formal no Brasil trouxe boas notícias em junho, com a criação de 166,6 mil novas vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No total, foram registradas 2.139.182 admissões e 1.972.561 desligamentos no sexto mês do ano. Esse número de novas vagas é maior do que as 153,2 mil criadas em maio, mas abaixo do que foi alcançado em junho de 2024, quando o saldo foi de 206,3 mil postos de trabalho.

Os cinco grupos econômicos analisados apresentaram desempenho positivo nas contratações em relação às demissões. O setor de serviços liderou a criação de empregos, com 77,1 mil novas colocações. O comércio também teve um bom desempenho, gerando 32,9 mil vagas, seguido pela agropecuária, que adicionou 25,8 mil postos. A indústria criou 20,1 mil novas oportunidades e a construção teve 10,7 mil vagas a mais.

Quando analisamos por regiões, São Paulo se destacou como o estado que mais criou empregos, com 40,1 mil novas vagas, seguido por Minas Gerais, com 24,2 mil, e Rio de Janeiro, com 15,4 mil. Em termos de porcentagem, o Amapá teve o melhor desempenho em relação à quantidade de empregados, com um crescimento de 1,29%. Mato Grosso e Maranhão também se destacaram, com altas de 0,96% e 0,93%, respectivamente.

No total do primeiro semestre de 2023, o Brasil gerou 1.222.591 novos postos de trabalho. Esse número representa uma queda de 6,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram abertas 1.311.751 vagas. O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de emprego nesse semestre, com mais da metade das novas vagas, totalizando 643 mil. A indústria veio em segundo lugar, com 229,9 mil novas contratações, seguida pela construção, com 159,4 mil.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi questionado sobre a possível influência do aumento de tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos na geração de empregos no segundo semestre. Ele ressaltou a importância de acompanhar as questões nacionais e internacionais, afirmando que o cenário é complexo, mas que é preciso ter calma. Marinho ressaltou que não há decisões tomadas sobre como ajudar setores que possam ser impactados, pois o aumento das tarifas ainda não foi consolidado. Ele enfatizou que qualquer medida de apoio do governo será discutida a partir de quarta-feira, quando as tarifas americanas para produtos brasileiros começarão a valer.