Divergências no Mercosul: Brasil AUMENTA impostos sobre compras internacionais enquanto Argentina ANULA
As compras internacionais podem ficar ainda mais caras com o endurecimento do governo brasileiro em relação aos impostos.
Mudanças nas políticas tributárias de compras internacionais têm gerado repercussão em toda a América do Sul. Enquanto o Brasil endurece a fiscalização e aumenta os impostos sobre produtos importados, a Argentina surpreende ao anunciar a eliminação dessas cobranças.
Essas decisões, tomadas em contextos econômicos diferentes, revelam estratégias opostas para lidar com os desafios fiscais e comerciais. Na verdade, a Argentina pode estar tentando se sobressair em relação ao Brasil.
As implicações dessas políticas prometem transformar o cenário econômico regional, especialmente nas relações entre consumidores e mercados globais. Diante disso, questiona-se qual abordagem oferecerá resultados mais eficazes a longo prazo.
Argentina resolve anular cobrança de impostos em compras internacionais
A decisão da Argentina de eliminar os impostos sobre compras internacionais faz parte de uma política ambiciosa de liberalização comercial. O presidente Javier Milei, ao assumir o cargo, priorizou a abertura econômica como ferramenta para estabilizar a economia e atrair investimentos estrangeiros.
Essa novidade está programada para entrar em vigor em dezembro e visa aumentar o poder de compra dos argentinos e colocar o país novamente em destaque no cenário global.
O governo argumenta que o fim dos impostos também representa uma tentativa de aliviar os impactos de anos de recessão e inflação elevada. A medida chega em um momento de melhora moderada para a Argentina, que registrou superávit fiscal consecutivo e viu sua classificação de risco ser elevada pela agência Fitch Ratings para “CCC”.
Apesar do encolhimento de 3,6% na economia em 2024, as projeções indicam crescimento de 3,9% em 2025, alimentando esperanças de recuperação econômica sustentável.
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Brasil segue caminho oposto
Enquanto a Argentina adota uma abordagem de incentivo ao consumo, o Brasil opta por restringir as compras internacionais. O governo brasileiro implementou regras mais rigorosas para a fiscalização e a tributação de itens adquiridos em plataformas estrangeiras.
A Receita Federal intensificou as inspeções, com um aumento de 45% nas fiscalizações de remessas internacionais, resultando em impostos que podem chegar a 60% do valor dos produtos.
Segundo o Ministério da Fazenda, essa estratégia visa proteger a indústria nacional e combater a evasão fiscal. No entanto, especialistas apontam que essa política encarece produtos importados e reduz o poder de compra dos brasileiros. Esse contraste entre as abordagens do Brasil e da Argentina indica diferentes prioridades econômicas, gerando questionamentos sobre os impactos a longo prazo.
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Intenção da Argentina é atrair público brasileiro?
A liberalização econômica da Argentina tem o potencial de atrair consumidores de países vizinhos, especialmente do Brasil. Ao eliminar impostos sobre produtos importados, o país torna-se uma alternativa atraente para brasileiros interessados em compras internacionais, sobretudo em regiões fronteiriças.
Essa dinâmica já foi observada em outros momentos, quando políticas fiscais favoráveis incentivaram as chamadas “compras de sacoleiros”.
Além disso, cidades como Foz do Iguaçu podem testemunhar um aumento no fluxo de brasileiros buscando produtos com preços mais baixos no mercado argentino. Essa tendência pode beneficiar a economia argentina no curto prazo, com maior entrada de dólares no país.
No entanto, resta saber se essa política conseguirá sustentar um equilíbrio entre atração de consumidores externos e fortalecimento da economia interna.
Como as estratégias opostas afetam as compras internacionais no Brasil?
Enquanto a Argentina busca impulsionar o consumo e atrair dólares, o Brasil parece adotar uma postura mais protecionista. A decisão de aumentar impostos e intensificar a fiscalização desestimula os brasileiros a realizarem compras em plataformas internacionais, limitando o acesso a produtos importados.
Essa abordagem, embora venha para fortalecer a indústria nacional, pode restringir a competitividade do mercado interno e dificultar o acesso dos consumidores a bens de maior qualidade ou menor custo.
A longo prazo, o impacto dessas políticas divergentes dependerá de como cada país equilibrará suas prioridades internas com as exigências do comércio internacional. A Argentina aposta em uma recuperação econômica baseada na abertura, enquanto o Brasil prioriza a proteção do mercado doméstico.
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