BPC tem direito ao 13° salário? Entenda o que diz o INSS

Com a chegada do segundo semestre, muitos beneficiários do INSS, especialmente aqueles que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ficam na expectativa do 13º salário. Esse abono é bastante aguardado e, por isso, é importante esclarecer alguns pontos sobre o assunto.

Infelizmente, quem recebe o BPC não tem direito ao 13º salário. Isso ocorre porque o BPC é um benefício assistencial, que não exige contribuições anteriores para a Previdência Social. Ele é destinado a dois grupos principais: pessoas com deficiência que vivenciam vulnerabilidade social e idosos com 65 anos ou mais nessa mesma situação. O valor do BPC é equivalente a um salário mínimo, portanto, não se enquadra no que se considera um salário de trabalho, o que explica a falta do abono natalino.

O 13º salário é uma garantia para benefícios previdenciários, como aposentadorias, pensões e alguns auxílios, como o auxílio-doença e o salário-maternidade, que precisam de contribuições feitas ao INSS. Essa regra é antiga, mas continua válida.

Embora existam algumas tentativas legislativas para incluir o 13º para o BPC, até agora, nenhuma delas progrediu o suficiente para mudar esse cenário. É bom lembrar que a ausência do 13º salário não significa que o direito ao BPC foi cortado; é uma diferença prevista na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que posiciona o BPC como uma política social mínima.

Como complementar o direito do BPC sem comprometer o benefício?

Apesar de não contar com o 13º, existem formas de complementar a renda e ajudar nas despesas. Uma das principais é incluir a família em programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, sempre respeitando os limites estabelecidos de renda per capita.

É importante destacar que o BPC não é considerado como renda ao solicitar o Bolsa Família, permitindo que os beneficiários acumulem legalmente ambos os benefícios.

Outras alternativas que podem ajudar incluem:

– A Tarifa Social de Energia Elétrica, que diminui o valor da conta de luz.
– Benefícios oferecidos em nível estadual ou municipal, como transporte público gratuito.
– Isenção ou desconto no IPTU.
– Programas que facilitam o acesso a medicamentos.

Como manter o BPC ativo?

Para garantir a continuidade do BPC e o acesso a outros programas sociais, é fundamental manter o Cadastro Único (CadÚnico) atualizado. Esse cadastro é a chave para acessar políticas sociais e deve refletir com precisão a renda e a composição familiar.

Recomenda-se que as informações sejam atualizadas pelo menos uma vez ao ano ou toda vez que houver mudanças na residência, no número de membros da família ou na renda.

É importante ter cuidado: as atualizações devem ser feitas apenas pelos canais oficiais do governo. Evitar fornecer informações a terceiros ou acessar links suspeitos é essencial para se proteger de possíveis golpes.

Informações como essas são valiosas e ajudam a entender melhor os direitos e deveres dos beneficiários.