BPC também está NA MIRA? Governo pode analisar se benefício foi usado em apostas
O BPC é um benefício assistencial e, tal qual o Bolsa Família, pode ser alvo de apostas em bets. Por isso, o governo está de olho.
O governo federal está preocupado com o uso indevido de recursos destinados a programas sociais em apostas esportivas online.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDS) solicitou ao Ministério da Fazenda uma investigação sobre possíveis irregularidades. Especificamente em relação a beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Seguro Defeso.
A preocupação aumentou após um levantamento do Banco Central apontar que, somente em agosto de 2024, cerca de R$ 3 bilhões acabaram caindo em apostas esportivas por meio do Pix, com participação de beneficiários do Bolsa Família.
Essas revelações levaram o governo Lula a considerar medidas mais rígidas para regulamentar as apostas no Brasil, visando proteger os cidadãos e os recursos públicos.
Governo está suspeitando de beneficiários do BPC?
A princípio, a suspeita sobre o uso de recursos do BPC em apostas online surgiu como parte de uma investigação mais ampla. Ela levou em consideração o impacto das bets entre os beneficiários de programas sociais.
O ministro Wellington Dias, responsável pelo MDS, destacou que o objetivo da investigação não é discriminar os participantes do Bolsa Família ou qualquer outro programa, mas sim garantir a proteção do povo brasileiro.
A preocupação central é que os recursos, que deveriam garantir a subsistência das pessoas mais vulneráveis, estejam sendo usados em apostas. Isso poderia agravar ainda mais a situação de famílias que já se encontram em dificuldades financeiras.
Essa investigação demonstra o esforço do governo em compreender a extensão do problema e, com isso, propor soluções eficazes.
A possibilidade de que uma parcela significativa dos recursos públicos esteja sendo desviada para apostas representa um risco tanto para as políticas públicas quanto para a saúde financeira das famílias beneficiadas.
Diante disso, o governo está empenhado em endurecer as regras para as apostas no país, visando evitar que situações semelhantes continuem a ocorrer.
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Entendendo o perfil dos apostadores
Além da investigação sobre o uso de benefícios sociais em apostas, o governo também pretende mapear o perfil dos apostadores no Brasil.
Essa iniciativa conta com a participação de diferentes ministérios, como os de Saúde, Trabalho, Desenvolvimento Regional e Microempresa, que estão trabalhando em conjunto para coletar informações que permitam uma análise detalhada do impacto das apostas esportivas na sociedade.
Dessa forma, a partir desse perfil, será possível mensurar com mais precisão o alcance e os efeitos das apostas online na população, o que pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais adequadas.
Além disso, o presidente Lula já manifestou interesse em que as empresas de apostas online sejam responsáveis pelo tratamento de pessoas viciadas, uma medida inspirada no que já acontece no Reino Unido.
Essa proposta deve garantir que os prejuízos causados pelo vício em jogos sejam mitigados, transferindo para as empresas a responsabilidade pelos danos sociais decorrentes de suas operações.
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Lula defende maior responsabilização das empresas de apostas
O presidente Lula tem se posicionado de forma firme em relação à regulamentação das apostas esportivas.
Ademais, durante reuniões com ministros, ele defendeu a necessidade de que o Brasil adote uma postura semelhante à que foi tomada em relação ao cigarro, onde a regulamentação rígida ajudou a combater o problema.
Lula enfatizou a importância de responsabilizar as empresas de apostas, principalmente em relação ao tratamento de jogadores viciados.
Ele entende que as companhias que lucram com os jogos também devem ser parte da solução, contribuindo para o tratamento das pessoas que desenvolvem dependência.
Caso as medidas de regulamentação atualmente em estudo não sejam suficientes, Lula não descartou a possibilidade de proibir as apostas esportivas online no Brasil.
O caminho para a regulamentação, contudo, ainda está sendo debatido. As decisões tomadas devem levar em consideração tanto a necessidade de proteção social quanto o impacto econômico da indústria de apostas no país.
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