Bolsa Família: veja o limite de filhos por cadastro e até quanto você pode receber
Programa social oferece suporte financeiro a famílias de baixa renda, considerando critérios específicos para definir os valores mensais pagos aos beneficiários
O Bolsa Família é reconhecido como o maior programa de transferência de renda do Brasil, voltado ao combate à pobreza e à fome. Relançado em março de 2023, substituindo o Auxílio Brasil, ele tem como objetivo atender famílias em situação de vulnerabilidade social.
O programa estabelece uma série de critérios para definir quem pode receber o benefício e qual será o valor repassado mensalmente. Esses critérios incluem a composição familiar, a renda per capita e o cumprimento de contrapartidas nas áreas de saúde e educação.

Número de filhos influencia o valor recebido
O Bolsa Família não impõe um limite máximo de filhos por família cadastrada. No entanto, a quantidade de crianças, adolescentes e jovens influencia diretamente o valor total recebido.
Crianças de até 6 anos garantem um adicional de R$ 150 por mês, enquanto gestantes e jovens de 7 a 18 anos recebem um acréscimo de R$ 50. Somados ao benefício básico de R$ 600, esses adicionais podem fazer o valor total ultrapassar R$ 1.000 em famílias maiores.
Esse modelo de pagamento busca atender às necessidades específicas de cada faixa etária, oferecendo suporte financeiro proporcional à composição familiar. Dessa forma, famílias numerosas recebem valores maiores, sem que haja um teto para o número de dependentes cadastrados.
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Regras do programa exigem compromissos nas áreas de saúde e educação
Para continuar recebendo o Bolsa Família, as famílias beneficiadas precisam cumprir algumas exigências que garantem o bem-estar de seus integrantes. Entre elas, está a comprovação da frequência escolar de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, feita a cada seis meses.
Manter o calendário de vacinação atualizado também é uma obrigação para as famílias cadastradas. Já no caso de gestantes, o acompanhamento pré-natal é obrigatório, assegurando a saúde da mãe e do bebê.
Essas contrapartidas são fundamentais para a manutenção do benefício e visam promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.
Cadastro Único é essencial para ter acesso ao benefício
Para se inscrever no Bolsa Família, é necessário estar registrado no Cadastro Único (CadÚnico), ferramenta usada pelo governo federal para incluir famílias de baixa renda em programas sociais.
O cadastro deve ser feito presencialmente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em postos de atendimento municipais. Para isso, é preciso apresentar documentos como CPF, RG e comprovante de residência, além de informações sobre todos os membros da família.
A atualização periódica dos dados é obrigatória, especialmente em casos de mudanças na composição familiar, endereço ou renda, para evitar a suspensão do benefício.
Renda familiar é um critério determinante para a elegibilidade
A principal regra para participar do Bolsa Família é a renda per capita mensal da família. Para ser elegível, a renda por pessoa não pode ultrapassar R$ 218.
Esse valor é calculado somando-se a renda total dos integrantes da família e dividindo pelo número de pessoas. Caso o resultado fique dentro da faixa estabelecida, a família pode solicitar o benefício.
Esse critério garante que o programa seja direcionado às famílias em maior situação de vulnerabilidade, priorizando quem mais precisa de suporte financeiro.
Cartão da Caixa facilita o acesso ao pagamento mensal
Após a aprovação no programa, a família recebe um cartão emitido pela Caixa Econômica Federal (caixa.gov.br), enviado para o endereço informado no CadÚnico. Esse cartão é usado para saques mensais, conforme o calendário oficial de pagamentos.
Os beneficiários também podem movimentar o valor pelo aplicativo Caixa Tem, que permite pagamentos, transferências e consultas de saldo. Essa alternativa oferece mais praticidade no uso do benefício.
O pagamento segue um cronograma baseado no último dígito do Número de Identificação Social (NIS), evitando filas e aglomerações nas agências bancárias.
Beneficiários podem acessar outros programas sociais vinculados
Além do Bolsa Família, estar inscrito no CadÚnico possibilita a participação em outros programas sociais. Entre eles, estão a Tarifa Social de Energia Elétrica, que oferece descontos na conta de luz, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência.
Esse acesso ampliado contribui para a inclusão social e melhora a qualidade de vida das famílias beneficiadas, proporcionando uma rede mais ampla de assistência governamental.