Band se pronuncia sobre polêmica envolvendo repórter da Record
Durante uma transmissão ao vivo na cidade de Alumínio, interior de São Paulo, um conflito entre dois jornalistas chamou a atenção do público. O repórter Lucas Martins, da Band, foi flagrado empurrando a jornalista Grace Abdou, da Record, enquanto ambos cobriam o desaparecimento de duas adolescentes.
O incidente, ocorrido diante das câmeras, rapidamente viralizou nas redes sociais, gerando muitas reações negativas. Muitos internautas, colegas de profissão e diversos veículos de comunicação criticarão a atitude de Lucas Martins. O vídeo mostra o momento em que ele desloca Grace Abdou com o braço para se aproximar de uma fonte, interrompendo o trabalho dela.
A Band se manifestou sobre o ocorrido. Em um comunicado à imprensa na noite de terça-feira, a emissora afirmou que “não compactua com o episódio”. A Band informou que Lucas Martins recebeu uma advertência interna e pediu desculpas publicamente. A emissora expressou seu desejo de que essa situação fosse superada e se comprometeu a promover o respeito entre os profissionais de sua equipe, destacando a importância do trabalho das mulheres no jornalismo.
Por outro lado, até o momento, Grace Abdou não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Record TV, por sua vez, repudiou a agressão e afirmou que tomará as medidas judiciais necessárias.
Uma especialista em direito, a criminalista Suéllen Paulino, comentou que a situação não se enquadra na Lei Maria da Penha, que é voltada para situações de violência doméstica e familiar. No entanto, ela explicou que a ação de Lucas Martins pode ser considerada crime, podendo ser qualificada como lesão corporal ou como vias de fato, de acordo com o Código Penal e a Lei de Contravenções Penais, respectivamente. Além disso, a situação pode resultar em uma responsabilidade civil por danos morais, uma vez que ocorreu em um ambiente profissional e foi transmitida em rede nacional.
Grace Abdou já registrou um boletim de ocorrência sobre o ocorrido. A advogada Suéllen Paulino considerou a decisão de buscar medidas judiciais adequada, ressaltando que a situação foi constrangedora e fere a dignidade da jornalista, afetando injustamente seu ambiente de trabalho.
